Confronto entre facções rivais assusta moradores em Costa Barros
Confronto fechou o metrô e alterou circulação de trens
Traficantes da facção Comando Vermelho (CV) entraram em confronto com a facção Terceiro Comando Puro (TCP) no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, Zona Norte do Rio de Janeiro, na noite da última quinta-feira (03).
Durante o confronto, houve intensa troca de tiros e pelo menos sete ônibus foram incendiados.
Devido ao confronto entre as facções rivais, o serviço do MetrôRio foi interrompido e a circulação dos trens foi alterada. Até o momento não há informações sobre vítimas.
Em nota a A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) informou que repudia o ataque criminoso a sete ônibus ocorridos na noite desta quinta-feira nas proximidades do Complexo da Pedreira, em Costa Barros, Zona Norte do Rio.
Foram queimados três ônibus da Transportes Flores (729L - Parque São Vicente x Méier/ 720L - Novo Rio x Madureira/ 734L – Vila Norma x Cascadura); dois da Gire Transportes (920 – Pavuna x Bonsucesso); um da Viação Pavunense (688 – Pavuna x Méier) e um da Viação Vila Real (778 – Cascadura x Pavuna).
Com estes casos, sobe para 206 o número de ônibus incendiados no Estado do Rio desde 2016, dos quais apenas sete veículos foram recuperados e retornaram à operação. Do total, mais de 40% eram climatizados. O custo de reposição se aproxima de R$ 90 milhões, recursos que poderiam estar sendo investidos na melhoria do transporte público com a renovação da frota. A capital é a cidade mais atingida por esse tipo de ação criminosa. Foram 102 casos desde 2016, sendo 15 somente em 2019.
A população é a maior prejudicada com a redução da oferta de transportes. Um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo necessário para a reposição de um veículo no sistema. Se somarmos a frota incendiada desde 2016 (207), potencialmente, deixam de ser transportados cerca de 14,5 milhões de passageiros nesses veículos.
É importante lembrar que a inexistência de seguro para esse tipo de sinistro e a crise econômica do setor, que tem feito as empresas perderem gradativamente a capacidade de investimento em renovação da frota, tornam inviável a reposição de ônibus incendiados.