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Ordem para matar alvo de chacina no Porto Velho veio de dentro do presídio

'Chefão' da milícia foi quem ordenou o ataque

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de setembro de 2019 - 08:49
'Chefão' da milícia foi quem ordenou o ataque
'Chefão' da milícia foi quem ordenou o ataque -

Por Alan Emiliano

Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) já descobriram que a ordem para matar o alvo da chacina no Porto Velho, em São Gonçalo, em maio deste ano, veio de dentro de um presídio estadual. A hipótese do crime ter sido realizado por traficantes da região foi descartada, já que a ordem para execução estaria relacionada a cobrança de taxas realizada pela milícia no bairro.

De acordo com a polícia, o principal objetivo dos criminosos não foi concluído, já que o suposto miliciano - alvo do crime - não foi morto naquele dia.

A investigação dos agentes aponta que o alvo seria responsável pela administração financeira da milícia daquela região, liderada por Anderson Cabral Pereira, o Sassa, que mesmo preso na Cadeia Pública Bandeira Stampa, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, controla o grupo paramilitar dos bairros Porto Velho, Porto Novo e Pontal. De acordo com a polícia, existe a possibilidade do criminoso ser transferido para um presídio federal, devido ao fato de já ter sido pego diversas vezes em escutas telefônicas de dentro do presídio, dando ordens aos seus subordinados. Uma dessas ordens teria sido a da chacina no Porto Velho, que terminou com quatro mortos e sete pessoas baleadas, no dia 26 de maio deste ano.

A Polícia Civil segue investigando o caso, em busca de mais informações sobre a motivação e a autoria do crime.

Relembre o caso - Quatro pessoas foram mortas e sete baleadas por ocupantes de um Hyundai HB20 preto, no dia 26 de maio, que atiraram contra um grupo de amigos que estava no 'Bar do Jacaré', na Comunidade do Campo da Brahma, no Porto Velho, em São Gonçalo, assistindo a um jogo de futebol na TV.

As vítimas da chacina tinham idades entre 41 e 60 anos, e, moravam no bairro há mais de 30 anos. Nenhum dos mortos possuía anotações criminais ou tinham indícios de envolvimento com  crimes.

Na chacina, morreram Fábio Rosa de Souza; Waldir Pinto de Oliveira Sobrinho, compositor da escola de samba Porto da Pedra; José Luis Caetano, o Pepe, professor de espanhol; e Janete Ribeiro.

Operação contra as milícias de São Gonçalo e Maricá - Em setembro do ano passado, agentes da Polícia Civil e do Ministério Público prenderam 18 suspeitos de integrar milícias em São Gonçalo e Maricá. Um dos grupos atingidos pela ação da polícia foi o de Sassa, que, durante escutas telefônicas, foi pego dando ordens para uma mulher, que seria uma espécie de porta-voz dele na região controlada pelo seu grupo paramilitar. Os três grupos investigados pela operação são investigados por mais de 50 crimes nos dois municípios, além de controlarem o transporte por van, pontos de televisão clandestina e a venda de botijões de gás de cozinha.

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