Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,1581 | Euro R$ 5,5145
Search

DH procura celulares do pastor Anderson do Carmo e do filho acusado de matá-lo

Em depoimento, o filho da deputada federal Flordelis disse ter disparado seis tiros contra o padrasto

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 22 de junho de 2019 - 12:49
Delegada da DHNISG, Barbara Lomba, ainda tenta apreender celulares para esclarecer o crime
Delegada da DHNISG, Barbara Lomba, ainda tenta apreender celulares para esclarecer o crime -

Após Flávio dos Santos Rodrigues, 34, filho biológico da deputada federal Flordelis (PSD), confessar que assassinou a tiros o padrasto, o pastor Anderson Carmo de Souza, a Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) investiga se o crime contou com a participação de uma terceira pessoa. Além de Flávio, seu irmão adotivo Lucas dos Santos, 18, também é acusado de envolvimento no homicídio por ter fornecido a pistola calibre 9mm para o crime. Ambos foram presos por outros crimes, mas na manhã de quinta-feira a justiça expediu mandados de prisão contra eles pela morte de Anderson.

A arma foi encontrada na casa da família, onde Anderson foi nmorto, em Pendotiba, Niterói, enrolada em panos, sobre um armário no quarto de Flávio. Em depoimento, o filho da deputada disse ter disparado seis tiros contra o padrasto, no entanto, agentes da DH arrecadaram nove estojos da pistola no local. “O crime foi cometido com o uso de apenas uma arma, uma pistola 9mm. Preciso do laudo pericial definitivo, mas a indicação é que a arma apreendida seja a arma do crime. Nós temos informações seguras das investigações sobre a participação de Flávio e Lucas, dois filhos da deputada e da vítima. O Lucas teve a participação no auxílio para se obter a arma e o Flávio teria participado diretamente da execução do crime. Não está esclarecida a motivação ainda, se a execução foi da forma como foi narrada, se tem mais pessoas envolvidas”, esclareceu a delegada Barbara Lomba, diretora da especializada.

Extraoficialmente, um dos outros 50 filhos adotivos do casal disse para a polícia que desconfia do envolvimento da deputada federal e de três irmãs. O rapaz teria contado que elas já haviam tentado matar Anderson antes, colocando remédios em sua comida, e que a postura de Flordelis no enterro do marido não passou de encenação. Ele ainda teria dado a entender que a pastora teria induzido os filhos a cometerem o crime dizendo que “a hora dele estava chegando”.

Ainda segundo o filho, sua namorada teria entregado o celular do pastor para a viúva logo após o crime. No entanto, o aparelho ainda não foi encontrado. “O celular da vítima não foi encontrado até hoje. Nos primeiros minutos, uma das primeiras medidas que tomamos foi tentar obter esse celular, porque lá certamente havia informações importantíssimas que poderiam nos dar detalhes mais precisos que nos ajudassem a desvendar o crime. O celular do Flávio foi solicitado e também sumiu”, contou a delegada.

Bárbara Lomba ainda explicou que, mesmo com a confissão de Flávio, ainda faltam muitos detalhes para se encerrar as investigações. “Uma confissão não é completamente definitiva para uma investigação. Várias pessoas já foram ouvidas, todo mundo que estava na casa e quem convivia com a família foram e serão ouvidos. Nós temos muito trabalho a fazer ainda. Diligências estão em andamento, existem mais provas a serem colhidas. O Flávio assumiu ter atirado, mas a confissão por si só não vai definir, e ainda há que se esclarecer como foi essa execução, porque a narrativa não define”, finalizou a chefe da DH. No final da manhã, a advogada de Flávio, Alexandra Menezes, visitou o seu cliente na sede da Divisão de Homicídios, em Niterói, e disse que o acusado deve prestar um novo depoimento na segunda-feira.

“Seria prematuro eu expor qualquer informação porque ainda não tive acesso ao inquérito. Na segunda feira isso vai ser liberado e eu vou poder dar mais informações. Estive com o Flávio, e ele não falou nada sobre os fatos em si, sobre a confissão, a apreensão da arma ou onde está seu celular. A conversa entre advogado e cliente é sigilosa e eu não posso ficar aqui passando o que conversamos. Se houver alguma ilegalidade, irei pedir o relaxamento da prisão dele. Posso dizer que ele está bem abatido com toda situação”, disse a advogada.

Matérias Relacionadas