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Família de motoboy morto pela PM em Niterói afirma que ele era inocente

Segundo familiares, Thiago estaria indo comprar pão

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 11 de junho de 2019 - 09:05
Thiago foi baleado por policiais militares domingo, no Cubango
Thiago foi baleado por policiais militares domingo, no Cubango -

Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) apuram as circunstâncias da morte do motoboy Thiago de Paula Silva, de 21 anos. Ele foi baleado durante uma blitz da PM, no início da manhã de domingo (9), na esquina da Rua Noronha Torrezão com Rua Vinte e Dois de Novembro, no Cubango, em Niterói, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com familiares de Thiago, o rapaz havia acabado de sair da casa da mãe de seu filho, de apenas dois meses, no Morro do Serrão, no Cubango, em sua moto Honda Bros branca e estava indo comprar pão. No caminho até a padaria, o motoboy passou pelos PMs, que deram ordem de parada, mas o jovem não obedeceu e os agentes atiraram. No entanto, segundo os parentes da vítima, Thiago estava usando fones de ouvido e estava de capacete, e por isso não teria ouvido a ordem.

Já a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que uma equipe do Programa Estadual de Integração e Segurança (Proeis) fazia ronda no local, quando observou duas pessoas numa motocicleta em alta velocidade saindo da comunidade do Serrão. Os militares deram ordem de parada, mas um dos ocupantes teria atirado contra eles e houve confronto. Na ação, um suspeito fugiu a pé e o outro foi ferido e socorrido para o Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, onde não resistiu aos ferimentos. A moto foi apreendida.

O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí e um inquérito policial para apurar as circunstâncias do crime foi instaurado. De acordo com a delegada Barbara Lomba, diretora da especializada, realmente havia outro ocupante na moto, que tinha anotações criminais e que, segundo os PMs, estaria armado. A DH realizou ontem mesmo diligências sobre o caso, ouvindo relatos de testemunhas e buscando imagens de câmera de vigilância.

Família - “Ele foi na casa da ex-esposa levar fraldas para o filho e depois desceu o morro para comprar pão. Não sei se tinha alguém na garupa dele. A polícia deu a ordem de parada, mas ele não parou porque estava de fone e capacete, abafa muito o som”, falou o motorista de aplicativos Flávio Silva, de 25 anos.

Com um filho de apenas dois meses, Thiago estaria vivendo um dos melhores momentos de sua vida, segundo sua família. Os parentes afirmam que o jovem não tinha nenhum envolvimento com atividades criminosas.

“Meu cunhado não fazia mal para ninguém, era um cara super prestativo, o que pudesse fazer para ajudar, ele ajudava. Vivia sempre com um sorriso no rosto, estava sempre feliz, alegre. Ele era motoboy, trabalhava entregando lanches, nunca teve nenhum envolvimento com o crime, nunca foi bandido, nem mesmo usuário de drogas. Estava todo bobo com o primeiro filho”, declarou o cunhado.

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