Professora feita refém pelo marido deixa o cativeiro ferida no Rio
Após 14 horas como refém, Luciana foi libertada com lesões pelo corpo
Mantida por quase 14 horas como refém no apartamento da família em Cascadura, bairro da Zona Norte do Rio, a professora Luciana Arminda foi libertada do cativeiro com lesões pelo corpo. O marido, o Tenente-Coronel André Luiz do Amaral Rocha, manteve a mulher e os dois filhos gêmeos do casal, de 11 anos, sobre a mira de uma arma.
Luciana contou à polícia que ele ameaçava ela e os filhos a todo o momento, e que o relacionamento com o marido piorou há dois anos, com brigas e desentendimentos.
André Luiz, de 50 anos, não quis relatar nada durante o depoimento na 29ªDP (Madureira). O militar afirmou que irá se pronunciar apenas na Justiça. Ele foi autuado por sequestro com cárcere privado. O Tenente-Coronel estava afastado do exército para terminar um mestrado na área da Educação. Ele seria integrante do Serviço de Inteligência do exército.
O porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess, contou que o processo de negociação foi tenso. Equipes de médicos, psicólogos e policiais treinados em negociações de conflitos participaram da ação. Também participaram policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e atiradores de elite.
Luciana Arminda é professora de Libras para crianças com problemas como surdez, mudez e autismo em uma escola municipal, em Quintino Bocaiúva.
Em nota, o Comando Militar do Leste informou que transmitiu à Polícia dados que pudessem ser úteis ao processo de negociação. Após André Luiz se entregar, a mulher e os filhos receberam atendimento de profissionais de saúde e estão na companhia de parentes próximos.