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Traficantes ‘vendem’ calçadas para camelôs no Buraco do Boi, em Niterói

Denúncia está sendo investigada pela 78ªDP

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de abril de 2019 - 07:31
Denúncia de comercialização ilegal das calçadas por traficantes está sendo investigada pela 78ªDP
Denúncia de comercialização ilegal das calçadas por traficantes está sendo investigada pela 78ªDP -

Por Thuany Dossares

Policiais da 78ªDP (Fonseca), estão investigando denúncias de que traficantes do Buraco do Boi, no Barreto, Zona Norte de Niterói, e estão ‘comercializando’ espaços públicos na comunidade, como calçadas da principal via que corta o local. De acordo com as denúncias, um dos filhos de Paulo César Gomes Jardim, o Paulinho Madureira, líder do tráfico local e que está preso, teria ordenado que seus ‘gerentes’ comercializassem as calçadas da Avenida Monsenhor Raeder para quem quisesse montar bancas de camelô ou outro tipo de atividade comercial. Os preços podem chegar até R$ 10 mil.

“Eles dão o preço de acordo com o tipo de atividade comercial que a pessoa vai desenvolver. Se for algo que vai render um lucro grande, o preço chega a R$ 10 mil, se é algo menor, custa de R$ 2 mil a R$ 3 mil”, informa a denúncia anônima.

Essa ‘comercialização’ do espaço público tem afetado diretamente a rotina dos moradores da comunidade e de quem passa pela via, que liga o Barreto a rodovia Niterói-Manilha. “Antes a gente tinha como colocar os carros nas calçada, porque o morro é cheio de becos e os moradores não têm como subir com seus veículos. Com os comércios agora nas calçadas, nós temos que colocar os carros na rua mesmo, então acabamos fechando a via, praticamente. Um caminhão para passar por aqui, por exemplo, quase raspa nos carros estacionados, alguns veículos maiores nem conseguem passar. Fora que a gente também agora só pode andar pela rua mesmo”, completa a denúncia.

Gatonet - Além da ‘venda’ das calçadas, os traficantes do Buraco do Boi também têm agido como contraventores e milicianos. Uma das atividades dos criminosos é a centralização de vendas de pontos de internet e tv a cabo clandestinos, o popular ‘gatonet’, cobrando R$ 30 para fornecer cada um dos serviços por residência. Um dos suspeitos investigados pela polícia é identificado como Nego, também teria assumido o controle da venda de bujões de gás e cigarros. Além disso, o tráfico também estaria cobrando pedágios para que caminhões de empresas que vão fazer entregas para os comércios da comunidade pudessem realizar o serviço.

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