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Policial militar morto em Itaboraí é enterrado

Crime pode ter sido porque a vítima foi reconhecida como PM

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 19 de janeiro de 2019 - 09:07
 Parentes e amigos compareceram ao sepultamento do cabo Rodrigo Marques Paiva, morto na noite da última quinta-feira, quando lanchava em um treiler no bairro de Marambaia, onde morava
Parentes e amigos compareceram ao sepultamento do cabo Rodrigo Marques Paiva, morto na noite da última quinta-feira, quando lanchava em um treiler no bairro de Marambaia, onde morava -

Por: Renata Sena e Thuany Dossares 

“Do pó ao pó, da terra à terra. Encerramos essa tarde com a certeza de que o Rodrigo está num lugar melhor”. Essa foi uma das mensagens do capelão da Polícia Militar, durante o sepultamento do cabo Rodrigo Marques Paiva, de 35 anos, que era lotado no 35ºBPM (Itaboraí) e foi executado no início da noite de quinta-feira, em Marambaia, Itaboraí.

Cerca de 400 pessoas, entre familiares, amigos e colegas de farda, foram até o Cemitério Parque Nichteroy, em Vista Alegre, São Gonçalo, na tarde de ontem, para se despedir de Marques. Os comandantes do batalhão de Itaboraí, tenente coronel Marcello Henrique Guimarães, e o do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA), coronel Marcelo Rocha, também estiveram presentes na cerimônia fúnebre.

Guimarães lamentou a morte e garantiu que ele e sua tropa estão empenhados em levar à Justiça os responsáveis pela morte do cabo. “Eu o conhecia há algum tempo. Ele já tinha servido comigo em outra ocasião. Era um policial excepcional, não tinha sequer uma denúncia contra ele. Era um cara muito bem quisto pelos colegas, pela comunidade onde vivia. Realmente a gente perdeu um grande homem hoje, antes de tudo. O que mais estamos buscando, incessantemente, é levar os marginais responsáveis por esse crime à Justiça. Todo efetivo do batalhão está empenhado nisso, a unidade se demonstrou diferenciada nessas últimas 24 horas. Nós estamos ocupando a comunidade e ainda vou decidir até que data permaneceremos lá”, falou o comandante do 35ºBPM.

A mãe do PM, que preferiu não se identificar, afirmou que o filho era um homem de caráter e agradeceu o apoio que a Polícia Militar têm dado para ela e sua família.

“Meu filho tinha 35 anos e deixou quatro filhos. O caçula ainda vai completar um ano no próximo mês. Era um homem muito família, um ótimo pai, excelente filho. Acabei de crer que só quem tem Direitos Humanos são os bandidos. Ele morreu e ninguém dos Direitos Humanos me procurou, foi na minha casa ou veio aqui no cemitério. Fui amparada pela Polícia Militar desde que tudo aconteceu, é a PM que está me acompanhando em todos os lugares”, desabafou a mãe.

Rodrigo Marques foi o terceiro policial morto esse ano. Ele era casado e deixou quatro filhos. O cabo estava há onze anos na Polícia Militar e atualmente era lotado no batalhão de Itaboraí.

Investigação – Inicialmente, as investigações da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) apontam que a motivação do crime foi o fato de a vítima ter sido reconhecida na região como policial militar.

No final da manhã de ontem, um homem, suspeito de envolvimento no assassinato foi detido por policiais do 35º BPM (Itaboraí). O suspeito foi encaminhado para a DH, mas a delegada informou que ele seria ouvido e que ainda era recente para passar qualquer informação.

Investigações a cargo da DH

De acordo com a delegada Bárbara Lomba, titular da Divisão de Homicídio de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo, e responsável pela investigação do assassinato do cabo Marques, a principal linha de investigação para o crime segue sendo a versão de execução.

Inicialmente as investigações apontam que a motivação do crime foi o fato dele ter sido reconhecido na região como policial militar.

No final da manhã de ontem, um homem, suspeito de envolvimento no assassinato, foi detido por policiais do 35ºBPM (Itaboraí). O suspeito foi encaminhado para a DHNISG, mas a delegada informou que ele seria ouvido e que ainda era recente para passar qualquer informação.

Comunidades ocupadas

Por determinação do comandante do 35ºBPM, tenente coronel Marcello Henrique Guimarães, todas as comunidades em torno do bairro Marambaia, onde o cabo PM Marques foi executado, estão sendo ocupadas pela Polícia Militar.

Enquanto o corpo do PM era velado, seus colegas de farda operavam na comunidade do Plano, na tarde de ontem, com o objetivo de encontrar os envolvidos no crime.

Durante a operação, militares do Grupamento de Ações Táticas (GAT) foram atacados a tiros por um grupo de traficantes e um dos suspeitos, que portava uma pistola calibre 9mm, acabou baleado e não resistiu ao ferimento. Os agentes ainda capturaram outros dois homens com drogas e rádios comunicadores.

De acordo com a equipe policial, o suspeito morto seria o segundo homem na hierarquia do tráfico local e um dos presos seria irmão do chefe das atividades criminosas da região.

Já os PMs do Setor de Inteligência (P2) do 35ºBPM foram até a Rua 9, no bairro Gebara, para verificar uma denúncia que informava a localização de um criminoso, conhecido apenas como Litrão, que poderia estar envolvido na morte de Marques. Segundo a denúncia, ele estaria no mesmo veículo que os assassinos do militar.

Litrão foi encaminhado para a Divisão de Homicídios, mas até o início da noite, não havia informações a respeito da prisão do suspeito.

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