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Polícia identifica suspeito de ordenar explosão de casa em São Gonçalo

Terceira vítima do ocorrido morreu na manhã de ontem (15)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de dezembro de 2018 - 11:05
Na manhã de ontem, familiares e amigos se despediram de Rafael
Na manhã de ontem, familiares e amigos se despediram de Rafael -

Por Marcela Freitas

A polícia já sabe qual material foi utilizado para a explosão de uma residência em Rio do Ouro, que culminou com as mortes de Rafael Ferreira, da noiva dele, Myllena Oliveira e de Maria Celia Campos, mãe de Myllena.

Os laudos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e do Esquadrão Anti-Bombas foram entregues na quinta-feira e estão sendo juntados à investigação, que está em fase de oitiva das testemunhas que auxiliaram no socorro.

De acordo com um dos investigadores da 75ªDP (Rio do Ouro), a ordem para a explosão do imóvel pode ter partido do traficante Juninho ou J, responsável pelas bocas de fumo Favela da Linha e, que segundo as investigações, estaria recebendo abrigo no Complexo do Salgueiro.

“Ainda estamos ouvindo as testemunhas, mas posso garantir que os laudos são esclarecedores em relação ao material usado. Infelizmente, ainda não podemos adiantar porque não foi concluída a investigação, mas a participação do tráfico local é uma das linhas de investigação”, afirmou o policial.

Enterro - Na manhã de ontem, amigos e familiares deram adeus a Rafael, 19 anos, terceira vítima da explosão da residência, que aconteceu no último dia 2 de dezembro. Ele estava internado no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, m São Gonçalo, desde o dia do atentado, e não conseguiu se recuperar das queimaduras que atingiram 100% de seu corpo.

“Conhecia o Rafael desde pequeno e para mim era como se fosse um filho. Ele estudou na minha escola como bolsista e era um ótimo menino. Ainda estou anestesiada e não acredito que um menino tão bom partiu dessa forma cruel. Estou muito triste”, disse a nutricionista Amparo Soares, 57 anos, antiga diretora da escola em que ele estudava.

A noiva do rapaz, Myllena Oliveira, de 20 anos, já havia morrido na última segunda-feira (10), em decorrência das queimaduras. Já a auxiliar de serviços gerais e mãe de Myllena, Maria Célia Campos, de 48 anos, não resistiu aos ferimentos decorrentes da explosão e teve a morte anunciada, na madrugada do último domingo (9).

Recordando - As vítimas da explosão estavam limpando a casa no Engenho do Roçado, que havia sido comprada de um PM, para iniciar uma vida em comum, quando aconteceu a explosão. O PM havia sido expulso do local, meses antes, por traficantes locais.

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