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Pastor diz que tragédia no Engenho do Roçado poderia ser maior

Membros da igreja estavam indo ao local para ajudar na limpeza

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 13 de dezembro de 2018 - 10:04
Corpo de Myllena Oliveira foi sepultado na manhã de ontem, no Cemitério do Maruí, no Barreto
Corpo de Myllena Oliveira foi sepultado na manhã de ontem, no Cemitério do Maruí, no Barreto -

Por Marcela Freitas

Mais de 100 pessoas entre familiares e amigos foram ao Cemitério do Maruí, no Barreto, em Niterói, na manhã de ontem, dar o último adeus a Myllena Oliveira, de 20 anos, segunda vítima fatal da explosão de uma residência, no Engenho do Roçado, em São Gonçalo, acontecida no último dia 2 de dezembro.

Evangélica, Myllena congregava no Ministério Semeando Vidas, em Rio do Ouro, mas a tragédia causou comoção em várias igrejas, e pastores da região se uniram em oração pela família.

“Essa tragédia poderia ser maior. Cerca de 10 membros da igreja estavam indo até a casa para ajudá-los na limpeza. Mas no caminho a bermuda de uma das crianças caiu e eles pararam para ajudar e riram juntos da situação. Nesse momento houve a explosão. Foi por minutos que não perdemos mais pessoas, inclusive crianças”, disse um pastor, que pediu para não ser identificado.

De acordo com amigos de Myllena, a jovem apresentou sinais de piora em seu estado de saúde nos últimos dias e morreu em decorrência das queimaduras de 1º e 2º grau e ação térmica.

“Tínhamos esperança que ela saísse dessa. Até o terceiro dia de internação ela estava apresentando melhoras. Perdemos uma menina feliz, amiga e que amava crianças. Minha sobrinha tinha muitos planos e estava muito feliz com a aquisição dessa casa e a proximidade do casamento”, lamentou o tio, Marcelo campos, 46 anos.

Investigações - A investigação aponta que traficantes de drogas do bairro teriam explodido a residência, com dinamite, pensando que as vítimas seriam familiares do antigo dono da casa, um policial militar, que atualmente está lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Formiga, no Rio.

O soldado da Polícia Militar morava com sua família há 20 anos no local, antes de deixarem a residência, em meados de 2017, após ter a sua identificação profissional descoberta por traficantes do local.

Recordando - Uma explosão deixou três pessoas gravemente feridas, na tarde do último dia 2 de dezembro, no Engenho do Roçado, em São Gonçalo. O casal Myllena Oliveira, de 20 anos, e Rafael Ferreira, 19, acompanhados da mãe da jovem, a auxiliar de serviços gerais, Maria Célia Campos, de 48, estavam realizando a limpeza da nova casa, quando foram surpreendidos por uma enorme explosão.

Todas as vítimas foram levadas para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, em São Gonçalo, em estado gravíssimo, devido às queimaduras.

A auxiliar de serviços gerais, Maria Célia Campos, de 48 anos, faleceu, no último domingo (9), em decorrência da falta de funcionamento dos rins. A mãe de Myllena foi sepultada na segunda-feira, no Cemitério do Maruí, no Barreto, em Niterói. O noivo de Myllena, Rafael Ferreira, segue internado no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, e apresenta estado de saúde gravíssimo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

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