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Familiares de vítimas de explosão cobram respostas

Maria Célia, de 48 anos, morreu na manhã desse domingo

Escrito por Redação | 09 de dezembro de 2018 - 14:24

Por Daniela Scaffo

"Minha irmã, a minha sobrinha Myllena e o Rafael estavam felizes em conquistar um patrimônio e finalmente saírem do aluguel. Infelizmente, eles se depararam com essa covardia, e que até hoje não entendemos o que de fato aconteceu". O depoimento emocionado é do comerciante João Campos, de 45 anos, irmão da auxiliar de serviços gerais Maria Célia Campos, 48, que morreu na madrugada de hoje, após complicações por causa das queimaduras, no Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, em São Gonçalo. 

Célia, sua filha Myllena Oliveira, de 20, e o genro Rafael Ferreira, de 22, foram vítimas de um atentado a bomba, na residência em que o casal havia acabado de comprar, no Engenho do Roçado, na tarde do último domingo (2). O casal segue internado e o estado de saúde dos dois é gravíssimo, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde.

Agora, a família espera que Rafael e Myllena se recuperem. Eles estão com 100% dos corpos queimados e passaram por um procedimento de raspagem das queimaduras. Até o momento, ambos estão em coma induzido.

"A gente esperava a recuperação da minha irmã, apesar dos médicos sempre nos alertarem que o estado de saúde dela era complicado. Na última quinta-feira, Célia começou a ter problemas nos rins e os pulmões dela também estavam parando", contou João.

Myllena, que trabalha informalmente como babá, é a única filha de Célia. Juntamente com o noivo da jovem, mãe e filha adquiriram a casa que pertencia anteriormente a um soldado da Polícia Mais, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Formiga, no Rio. Em meados de 2017, o policial havia decidido deixar o imóvel, após ter a identificação profissional descoberta pelos traficantes do local. Foi preciso apoio de policiais do 7ºBPM (São Gonçalo) para fazer a mudança. Os traficantes teriam conseguido esconder a dinamite na casa, antes dos atuais moradores chegarem.

"Nós esperamos que seja feita justiça, porque interromperam um sonho de uma família conquistar sua casa própria. Minha irmã era muito trabalhadora e estava muito feliz e minha sobrinha iria casar no início de 2019 com o Rafael. Esse é o segundo filho que minha mãe está perdendo, então estamos todos muito abalados. Agora vamos cobrar respostas das autoridades", informou o comerciante.

O corpo de Célia será enterrado amanhã, no Cemitério Maruí, no Barreto. O horário ainda não foi definido.

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