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Operação contra milícia tem 18 presos em São Gonçalo e Maricá

Investigação foi iniciada em janeiro deste ano

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 24 de setembro de 2018 - 08:26
Até às 8h, 18 pessoas foram presas
Até às 8h, 18 pessoas foram presas -

Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNISG) realizam, na manhã de hoje (24), uma operação para desarticular uma quadrilha de milícia privada. O bando age no município de São Gonçalo coagindo os moradores a adquirir serviços e produtos ilegais ou ilícitos em troca de vantagens financeiras. Até o momento 18 pessoas já foram presas. 

De acordo com a delegada Bárbara Lomba, titular da DHNISG, as investigações tiveram início em janeiro desse ano a partir de informações de inquéritos de homicídios na área de Neves. A apuração levou os investigadores a identificação de Felipe Raoni da Silva, conhecido como Mineirinho, como autor dos crimes. 

Ainda segundo as investigações, Mineirinho integrava um grupo de milicianos com atuação em diversos bairros de São Gonçalo. Após a realização de diligências os policiais conseguiram confirmar que esse grupo criminoso agia praticando extorsões e homicídios contra comerciantes e moradores da região.

Com base em interceptações telefônicas autorizadas pela justiça, o núcleo de inteligência da especializada constatou que Mineirinho prestava serviço para dois grupos criminosos, já identificados. Segundo as investigações, os grupos ingressavam no território a partir do assassinatos de traficantes de drogas ou assaltantes e assumiam o domínio do local alegando que iriam trazer paz e tranquilidade aos comerciantes e moradores.

Após assumirem o controle do território, o que chamavam de “ganho de chão”, os milicianos faziam o “aumento da folha" iniciando a cobrança de "taxa de segurança". Os valores eram cobrados de acordo com o tipo de negócio, podendo chegar até R$12 mil por estabelecimento. Em alguns casos, os milicianos expulsavam familiares de rivais tomando os imóveis para a organização criminosa. 

Além das extorsões e a cobrança das "taxas de segurança" os criminosos exploravam ilegalmente os serviços de gás e TV a cabo. A investigação apurou que a arrecadação mensal da organização criminosa girava em torno de R$ 100 mil por mês, podendo chegar a R$ 1.2 milhão ao ano.

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