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Tenente que teria negado socorro a PM pode ser ouvido pela Polícia Civil

Atualmente, ele responde apenas à Justiça Militar

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 25 de julho de 2018 - 09:23
Carro do PM desaparecido foi encontrado carbonizado
Carro do PM desaparecido foi encontrado carbonizado -

Por Thiago Soares

Um oficial do 7ºBPM (São Gonçalo), investigado por suposta omissão de socorro em relação ao caso da morte de um homem, que pode ser um soldado da PM, pode ser chamado para depor na Divisão de Homicídios de Niterói (DH). Atualmente, o militar encontra-se preso administrativamente na Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), onde é investigado por crime militar.

A suspeita sobre a negativa ao pedido de ajuda, por se tratar de uma área de risco, ganhou força na manhã de segunda-feira depois que o carro do soldado foi encontrado com um corpo, em Guaxindiba, que pode ser do policial militar. No mesmo dia, um texto divulgado nas redes sociais dava detalhes sobre a ligação recebida pelo 190, às 19h02, de um telefone público, com a denúncia sobre o sequestro. Logo após, no final da noite, a esposa do militar também entrou em contato com a PM para denunciar o desaparecimento do marido.

“Pode ser ouvido (pela Polícia Civil) sim. A gente confirmando esse ligação, sabendo das providências tomadas ou não tomadas, pode haver essa oitiva com os responsáveis. Não sabemos se seria uma pessoa só ou mais de uma”, informou a delegada, Barbara Lomba, titular de delegacia especializada.

Contudo, mesmo que a versão de que o oficial tenha se negado a enviar equipes da PM para resgatar a vítima que estava sendo sequestrada seja confirmada, ele dificilmente será considerado culpado do crime.

“Inicialmente, o que a gente poderia ter é um crime de omissão de socorro ou de prevaricação, se tratando de agente público, que deveria ser apura pela justiça militar. Eventualmente poderia haver uma construção de participação no homicídio por se tratarem de agentes garantidores, mas de forma culposa”, disse Lomba.

Vale lembrar que no último sábado, o corpo do auxiliar de serviços gerais, Anderson Felipe Ribeiro da Silva, de 32 anos, ficou mais de 12 horas na rua porque oficiais do 7ºBPM (São Gonçalo) também consideraram o local do crime, a Comunidade do Galão, em Neves, como área de risco.

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