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Acusado de estuprar a filha é preso em São Gonçalo

Além de abusar da menina, homem mantinha jovem em cárcere privado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de março de 2018 - 07:56
Pedreiro, de 36 anos, foi preso e confessou que estuprava a filha de 14 anos, e a proibia de ir à escola
Pedreiro, de 36 anos, foi preso e confessou que estuprava a filha de 14 anos, e a proibia de ir à escola -

Por Thuany Dossares

Um pedreiro, de 36 anos, foi preso, por policiais da 75ªDP (Rio do Ouro), na tarde de quarta-feira, no Engenho do Roçado, em São Gonçalo, acusado de estuprar a própria filha de 14 anos. Além de abusar sexualmente da menina, ele ainda a mantinha em cárcere privado, proibindo-a até de ir para a escola. Na delegacia, o acusado confessou os crimes, que aconteciam onde eles moravam, na Estrada do Meia Noite, no Anaia Grande.

De acordo com as investigações, os abusos começaram há um ano, quando o pedreiro passou a acariciar as partes íntimas da filha. Ele teria dito que estava apaixonado pela adolescente e, por isso, provocou, há três meses, o término de seu casamento de oito anos.

“Ele passou a ser agressivo e a rejeitar a esposa, fazendo com que ela se separasse dele e saísse de casa. A mulher se dava muito bem com a menina, nunca foi conivente. Pelo contrário, ela até passou a desconfiar, porque o marido só queria dormir na mesma cama da filha. Mas como a menina tinha medo do pai, não contava nada para ela”, explicou um investigador.

O estupro consumado aconteceu no dia do aniversário do acusado, em 14 de fevereiro deste ano. Em depoimento, a adolescente, que era virgem, contou que estava dormindo quando o pai a agarrou por trás e tirou a sua roupa. Depois desse dia, os abusos passaram a ocorrer constantemente.

Segundo os policiais, a menina contou que nas primeiras vezes tremia muito e que isso parecia gerar mais prazer ao pedreiro, e por isso, ela passou a não se demonstrar mais amedrontada, na tentativa de as violências serem mais rápidas.

“Era visível que ela tem muito medo dele. Só conseguiu contar tudo o que passou depois que teve a certeza que ele estava preso e já havia confessado o crime. Foi um depoimento difícil e comovente, ela chorava, tinha medo de falar. Conseguimos os relatos dela com a ajuda da madrasta e da conselheira tutelar”, disse o policial.

Além de estuprar a filha, o criminoso também a proibia de sair de casa, até mesmo para ir à escola. De acordo com a apuração da 75ªDP, o pedreiro tinha um ciúme doentio por ela, deixando até de trabalhar. Ele teria começado a fazer apenas serviços próximos de casa para poder vigiar a vítima constantemente e só saia de casa se ela o acompanhasse.
A adolescente foi morar com o pai há quatro anos, após a mãe dizer que não tinha condições financeiras de sustentá-la. Desde então, elas mantiveram pouco contato e até a tarde de ontem, a mãe não tinha sido encontrada.

A menina está recebendo apoio do Conselho Tutelar e está num abrigo da cidade. No entanto, a madrasta da vítima, quer ficar com a guarda.

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