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Traficantes ‘Robozinho’ e ‘2N’ já lideram 17 favelas em São Gonçalo e Itaboraí

Comunidades são dominadas pelo CV

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de novembro de 2017 - 07:39
Salgueiro, reduto de ‘2N’, foi vasculhado pelo Exército. ‘Robozinho’ (detalhe) também é procurado.
Salgueiro, reduto de ‘2N’, foi vasculhado pelo Exército. ‘Robozinho’ (detalhe) também é procurado. -

Por Thuany Dossares

Rodrigo Jaccoud, o Robozinho e Thomaz Jhayson Vieira Gomes, o 2N ou Neném. Que esses nomes já são velhos conhecidos como acusados de tráfico não é novidade. Mas agora, segundo as investigações da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), eles são os ‘chefões’ que lideram a venda de drogas em todas as comunidades de São Gonçalo dominadas pelo Comando Vermelho.

Seis meses após sair pela porta da frente de um dos presídios do Complexo de Gericinó, em Bangu, mesmo possuindo três mandados de prisão, devido a um erro na Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (Polinter), Robozinho teria sido ‘promovido’ pelo CV a ser o principal traficante da região. De acordo com a apuração da especializada, depois de sair da cadeia, Robozinho foi designado pela alta cúpula da facção a ser o único fornecedor de drogas da região, trazendo o material do Parque União, no Complexo da Maré, no Rio, e distribuindo para todas as favelas do Comando Vermelho em São Gonçalo.

Além disso, Robozinho, que já era apontado como o responsável por controlar com ‘mãos de ferro’ o comércio de entorpecentes nas comunidades do Plano, Baixadinha e Barreira, em Monjolos, em Vista Alegre e no Mundel, também foi premiado ao assumir todas as outras favelas que estavam sem lideranças. Com isso, agora ele passa a gerenciar o tráfico das localidades do Jardim Catarina Novo, Marambaia, Jardim Bom Retiro, Jardim Miriambi, Anaia e favela da Linha, no Rio do Ouro. Os ‘negócios’ do criminoso também foram expandidos para Itaboraí, onde ele estaria à frente do Apollo III e Complexo da Reta.

Robozinho é acusado de de envolvimento na morte do subtenente da PM Cláudio Souza Santos, de 53 anos - executado a tiros no condomínio ‘Minha Casa, Minha Vida’, no Mundel, em São Gonçalo, em maio do no passado.

Durante as investigações do crime, agentes da DH descobriram que o tráfico não era a única fonte de renda do criminoso, que obrigava moradores de conjuntos habitacionais do Mundel, onde o PM foi assassinado, a pagarem uma taxa mensal de R$ 70. Os que se recusavam a repassar a quantia para o ‘Bonde do Robozinho’ eram expulsos de seus apartamentos.

Além do esquema implantado no conjunto habitacional, Robozinho também havia expandido seus negócios para o ramo do transporte irregular. Cerca de 40 mototaxistas e pelo menos 10 motoristas de carros particulares, todos investigados pela DH, repassavam valores que variavam de R$ 4 a R$ 10 mil para a quadrilha do traficante.

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