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Amigos mortos após culto evangélico teriam sido confundidos com traficantes

Jovens estavam com marcas de tiros e sinais de tortura

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de novembro de 2017 - 07:47
Cerca de 200 pessoas compareceram ao sepultamento dos amigos no Cemitério de São Miguel
Cerca de 200 pessoas compareceram ao sepultamento dos amigos no Cemitério de São Miguel -

“Eles faziam parte do grupo de teatro da minha igreja. Nenhum dos dois era bandido. Além de fiéis, eram obreiros amigos e filhos espirituais, minhas ovelha”. Essa foi a emocionada declaração de uma evangélica, ontem, durante o enterro dos amigos, o barbeiro João Vitor da Conceição, de 19 anos, e o mecânico Lucas Rosário Silva, de 22, no Cemitério de São Miguel, em São Gonçalo.

Os dois foram encontrados mortos na manhã do último sábado, na Amendoeira, e a principal linha de investigação da Divisão de Homicídios (DH) é de que eles tenham sido confundidos com traficantes que disputam territórios em comunidades de São Gonçalo.

De acordo com familiares, horas antes do crime, na sexta-feira, os jovens teriam ido a um local de orações na Amendoeira, e quando saíram decidiram ir a um parque de diversões no bairro do Pacheco. Lá, teriam sido sequestrados por um grupo de criminosos.

João Vitor e Lucas foram encontrados mortos com vários tiros e sinais de tortura, no Campo do Independente, na Estrada Nazário Machado, na Amendoeira. Sepultamento - Cerca de 200 pessoas, entre familiares e amigos, marcaram presença no final da tarde de ontem, no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo, para dar o último adeus aos rapazes, que eram moradores de Tribobó, em São Gonçalo.

“Somos de comunidade, mas meu filho não tinha nenhum tipo de envolvimento com o tráfico. Qualquer pessoa pode visitar suas redes sociais, ir até o meu bairro e perguntar sobre a índole dos meninos. Nenhum dos dois tem passagem pela Polícia. O que pode ter acontecido é os dois terem sido confundidos, ou abordados, e ao perguntarem o local em que residiam, os bandidos podem ter achado que eles seriam do tráfico, que consequentemente é uma facção rival da localidade que moramos, e os assassinaram. Eles não eram bandidos. Eu não aceito meu filho ter partido dessa maneira tão cruel”, desabafou o pai de um dos rapazes.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHINSG).

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