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Polícia identifica acusado de atentado contra travesti em São Gonçalo

Crime ocorreu em Alcântata

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de agosto de 2017 - 07:30
Familiares de Jéssica foram recebidos pela delegada Carla Tavares, que coordenou as investigações para identificação do acusado
Familiares de Jéssica foram recebidos pela delegada Carla Tavares, que coordenou as investigações para identificação do acusado -

Por Matheus Merlim

Agentes da 74ªDP (Alcântara) identificaram como Fábio Barreto da Silva, de 23 anos, o suspeito de tentar matar a travesti Jéssica Dime, 23, na madrugada do último dia 28, num hotel em Alcântara. Conhecido como FB, o acusado está foragido da Justiça por tráfico de drogas e roubo.

De acordo com a polícia, o crime ocorreu por volta das 5h, quando Jéssica foi com o suspeito para o quarto 42 do Hotel Alcântara, na Rua Manoel João Gonçalves. Durante o encontro, a travesti foi brutalmente agredida, enforcada e teve 50% do corpo incendiado.

Responsável pelo caso, a delegada da 74ªDP (Alcântara), Carla Tavares, explicou que chegou até o autor do crime após montar o “quebra-cabeças” com as falas das testemunhas, as imagens das câmeras de segurança e o depoimento da própria vítima.

“Uma das testemunhas fez um retrato-falado e começamos a levantar alguns elementos para chegar até o autor. Quando conversei com a Jéssica, ela se lembrava de um vulgo do suspeito, que seria FB, e sabia que ele morava no Jóquei. Fizemos, então, um levantamento nessa região que identificasse as características dadas”, explicou

De acordo com a delegada, Fábio fugiu da cadeia sete dias antes de cometer o crime. A principal linha de investigação gira em torno de o suspeito ter ingerido drogas e bebida alcoólica e ter ficado agressivo pelo término do programa. No entanto, homofobia e transfobia não foram descartadas.

Fábio tem 1,90m de altura e boca carnuda, duas características fundamentais para sua identificação. Quando preso, ele responderá por tentativa de homicídio duplamente qualificado. Para a irmã da vítima, a operadora de caixa Joice Pereira, 28, a prisão do autor do crime será fundamental para o sentimento de justiça da família.

“Ela lutou pela vida no hospital e só vamos ter sossego quando ele for preso. A justiça está próxima de ser feita e é isso que a gente espera, que minha irmã fique bem e que ele volte para a cadeia”, declarou a irmã, que está sendo assistida pela ONG Liberdade Santa Diversidade.

Jéssica continua internada no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, em São Gonçalo. Segundo a unidade, ela encontra-se em estado estável. Informações sobre o paradeiro do suspeito podem ser repassadas de forma anônima à 73ªDP através do WhatsApp da distrital (021 98371-5841).

Leia mais sobre o caso:

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