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Moradores de SG e Niterói pedem por mais segurança

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de novembro de 2016 - 07:35
Em São Gonçalo, a manifestação aconteceu no bairro Engenho Pequeno na manhã de ontem
Em São Gonçalo, a manifestação aconteceu no bairro Engenho Pequeno na manhã de ontem -

Por Renata Sena

Quinze dias depois da morte do mecânico Márcio Vinícius Mourão Farhat, de 38 anos, executado durante uma tentativa de assalto na Rua Valdir dos Santos, no Engenho Pequeno, em São Gonçalo, moradores realizaram manifestação na principal via do bairro na manhã de ontem. Em Santa Bárbara, Niterói, também teve protesto. 

Em São Gonçalo, na Rua Mentor Couto, no Engenho Pequeno, cerca de 200 moradores se uniram clamando por segurança pública. Com carro de som, a população usava um microfone para falar das insatisfações. “Temos assaltos a qualquer hora do dia. Aqui, não passa uma viatura. Nem depois que perdemos uma pessoa do bem, recebemos atenção”, desabafou uma aposentada, que mora no local há 42 anos. 

Para a família de Márcio Vinícius, o momento foi também de pedir justiça. “Meu coração está sangrando e eu não quero que outra família passe pelo que a minha família está passando”, disse Antônio Luiz, de 59 anos, sogro da vítima. 

A manifestação, que recebeu apoio de associações de moradores de bairros vizinhos, foi pacífica e ordeira. No entanto, pessoas que não participavam do ato colocaram lixo nas vias auxiliares e impediram a passagem de veículos, o que complicou o trânsito. 
Santa Bárbara – Já em Niterói, os manifestantes interditaram a RJ-104, no acesso ao bairro. Mas, em pouco tempo, a Polícia Militar liberou uma faixa e a manifestação seguiu em meia pista, o que causou cerca de quatro quilômetros de engarrafamento no sentido São Gonçalo. 

Para os moradores de Santa Bárbara, que já foi conhecido como bairro modelo de Niterói, o local está longe de servir como exemplo. “Estamos muito vulneráveis, pois ficamos no meio de áreas de risco. Nosso bairro virou rota de criminosos que atuam a qualquer hora. Precisamos de policiamento e apoio da prefeitura, já que não é só a polícia que garante a segurança da população”, explicou uma advogada, de 59 anos, que mora no bairro. 

Além de pedirem uma viatura 24 horas patrulhando o bairro, os moradores pedem a instalação de uma cabine da PM e policiamento de motocicleta. Eles pedem também apoio da prefeitura para fechar alguns acessos e para realizar eventos. “Estamos vivendo numa guerra e sabemos que não é só aqui que está assim. Mas, temos que lutar pelo nosso bairro, porque pagamos impostos e temos esse direito”, finalizou um morador. 

Comandantes – Apesar de ter assumido o comando do 7º BPM (São Gonçalo), na última sexta-feira, o coronel Ruy França se colocou a disposição do movimento para dialogar sobre as reivindicações de melhorias para a segurança do bairro. “Tenho total interesse em buscar um diálogo com as lideranças do movimento e com a população. Respeitando a diversidade de opiniões, possuímos intenções em comum, que é de proporcionar mais segurança. Por isso, acredito que juntos poderemos e iremos encontrar uma solução para as questões que mais afetam a todos os cidadãos”, declarou o comandante. 

Já o coronel Márcio Rocha, comandante do 12ºBPM (Niterói), informou que receberá representantes do ato, amanhã, na sede do batalhão, para ouvir as reivindicações do bairro. “Agendamos uma reunião com a comunidade na quinta-feira à tarde. Mas de antemão já determinei que faça um levantamento relativo à incidência criminal e violência na região para que a gente possa tranquilizar a população e, a partir daí, desencadear algumas ações para dirimir essa insegurança que foi manifestada”, disse.

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