Polícia estoura rinha de galo em SG e resgata mais de 30 animais

Por Marcela Freitas
Agentes da Unidade de Policiamento Ambiental Marítimo e Fluvial (7ª UPAm-MF) estouraram, na manhã de ontem, uma rinha de galo, na Rua Marcos da Costa, no Jardim Catarina, em São Gonçalo. Cinco homens foram presos e 26 galos resgatados. Segundo a polícia, entre os presos estão o proprietário do imóvel e mais quatro pessoas que seriam responsáveis por cuidar e administrar o espaço. No mesmo endereço, foram encontrados ainda sete pássaros silvestres, como tizis, canários da terra e coleiros. Cerca de 20 agentes participaram da ação de resgate dos animais. Após receberem denúncia anônima, os militares seguiram para o endereço onde encontraram, além dos animais bastante debilitados, remédios, “ponteiras” e “biqueiras”. Segundo os policiais, estes materiais servem como armas para ferir o animal adversário.
De acordo com a capitã PM veterinária Fabíola Pinheiro, os animais estavam bastante feridos, o que demonstram que eles podem ter participado de uma luta recente. “Os animais serão encaminhados para um abrigo em Japeri, onde serão tratados e medicados. Encontramos aqui aves cegas, com ferimentos e sem penas”, comentou o oficial.
Os suspeitos foram levados à 74ªDP (Alcântara), onde responderão por crime contra as leis ambientais (abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados) e por manterem animais silvestres em cativeiro.
Arenas - A rinha de galo é uma atividade considerada ilícita em todo o país. A preparação do animal acontece ainda na fase do pinto, quando eles recebem uma alimentação especial e treinamento. Já fase adulta, por volta dos oito meses, os animais passam por uma verdadeira transformação com escovação da pele e retirada das penas, para que ela fique mais grossa. Cada galo chega a custar R$ 1 mil até o dia de sua competição. Na primeira briga, se o galo não morrer, ele passa por tratamentos com uso de medicamentos. Nas rinhas, o valor das apostas giram em torno de R$100 podendo ser aumentado dependendo da situação e dos apostadores. Durante as disputas, os galos recebem ponteiras e biqueiras de metal, como as que foram apreendidas ontem no Jardim Catarina, para que possam ferir mais rapidamente seus adversários.