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Veículo usado em sequestro de jovem em Niterói é encontrado incendiado em Caxias

Inicialmente, não há indícios de que a vítima tenha sido morta no local

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 01 de dezembro de 2025 - 22:09
Carro estava totalmente destruído
Carro estava totalmente destruído -

A Polícia Civil localizou, nesta segunda-feira (1º), o veículo utilizado no sequestro e desaparecimento do jovem Eduardo Aguiar Ferreira, de 24 anos, ocorrido em Itaipu, Niterói, no dia 24 de novembro. O automóvel, um Toyota Corolla prata, foi encontrado completamente incendiado em uma área de mata em Imbariê, Duque de Caxias. Peritos do Instituto de Criminalística e agentes do Corpo de Bombeiros foram acionados para recolher materiais que possam auxiliar nas análises.

O caso é investigado pela 81ª DP (Itaipu). Segundo as primeiras informações, Eduardo foi levado à força por três homens encapuzados por volta das 16h40, na Rua Jaerthe Pimentel de Medeiros, quando aguardava pessoas com quem negociava uma carga de cigarros de origem ilícita. Testemunhas relataram que os criminosos colocaram a vítima no interior do Corolla, que seguiu em direção à Avenida Central.

Familiares procuraram a Delegacia Antissequestro às 22h do mesmo dia, relatando que não haviam recebido contato dos sequestradores. De acordo com as diligências iniciais, o último registro de localização do iPhone de Eduardo ocorreu às 20h30, na Rua Um AC Narcisa Amália, em Imbariê.

Vítima foi colocado à força dentro de um carro, próximo de onde morava em Niterói
Vítima foi colocado à força dentro de um carro, próximo de onde morava em Niterói |  Foto: Reprodução

Imagens de câmeras residenciais entregues por moradores permitiram à polícia identificar o modelo do veículo usado pelos autores do crime. Agentes também realizaram buscas com apoio do CISP Niterói e solicitaram à Prefeitura de Duque de Caxias o acesso às câmeras públicas da região, mas o carro não foi registrado.

A principal linha de investigação aponta que o sequestro está relacionado à comercialização de cigarros de origem ilícita. Segundo a Polícia Civil, nem mesmo os familiares envolvidos nas negociações ilegais souberam esclarecer a origem da carga que estava com Eduardo, nem com quem ele negociava. O jovem já havia sido preso em flagrante em 2023 com uma carga roubada de cigarros.

As apurações revelaram que um tio da vítima, que tinha conhecimento das transações, chegou a esconder a carga e foi autuado em flagrante por fraude processual. Ele pagou fiança e responde em liberdade. Um primo de Eduardo, dono de uma tabacaria dentro de uma comunidade, também foi ouvido por possível participação nas negociações.

Até o momento, duas pessoas que estavam com o veículo no dia do crime já foram identificadas. A polícia trabalha com a hipótese de que Eduardo atuava como intermediário na distribuição de cigarros ilícitos em Niterói.

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