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MPRJ solicita nova prisão de líderes do Comando Vermelho para impedir soltura de chefes da facção

Ministério Público afirma que Marcinho VP, My Thor e Claudinho da Mineira usam manobras jurídicas para adiar julgamento por homicídio que se arrasta há mais de duas décadas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de novembro de 2025 - 19:45
Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP é um dos alvos das investigações
Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP é um dos alvos das investigações -

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) encaminhou à Justiça um novo pedido de prisão preventiva contra três importantes nomes do Comando Vermelho: Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP; Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor; e Cláudio José de Souza Fontarigo, o Claudinho da Mineira


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De acordo com o órgão, os réus estariam utilizando estratégias para atrasar o andamento de um processo por homicídio que se arrasta há quase 23 anos. O pedido foi feito pelo Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GAEJURI) e será analisado pela 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital. Embora os acusados já estejam presos por outros delitos, o MPRJ alega que o processo em questão não tem avançado devido a ações consideradas de caráter protelatório.

O documento ressalta que, caso as prisões atuais sejam revogadas ou cheguem ao fim, os réus poderiam ser colocados em liberdade, o que representaria um risco concreto à segurança pública, já que, mesmo presos, continuariam exercendo influência dentro da facção criminosa.

Segundo o Ministério Público, entre as estratégias usadas pelos acusados estão a renúncia de advogados pouco antes das audiências e a entrega de grande volume de documentos no fim dos prazos processuais, prática conhecida como document dumping, com o objetivo de impedir a realização do júri popular.

O órgão destaca ainda que as manobras teriam como finalidade “obstruir a Justiça e garantir a liberdade de Marcinho VP”, cujo tempo máximo de prisão previsto em lei deve se encerrar em 2026, quando completará 30 anos de reclusão.

Mesmo encarcerados, os três continuam, segundo o MPRJ, exercendo poder sobre o tráfico de drogas e outras atividades ilegais dentro e fora dos presídios. O caso será julgado pelo Tribunal do Júri da Capital, responsável por crimes dolosos contra a vida.

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