Cearenses estão entre mortos em megaoperação contra o comando vermelho no Rio
Operação deixou um total de 64 mortos e 81 presos

Criminosos naturais do Ceará estão entre os mortos e presos durante a megaoperação deflagrada nesta terça-feira (28) no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV). A ação, realizada pelas Polícias Civil e Militar do Rio, deixou ao menos 64 mortos e 81 presos nas comunidades dos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.
Segundo informações do Diário do Nordeste, pelo menos cinco foragidos do Ceará que se escondiam em favelas cariocas foram mortos em confrontos com as forças de segurança. A identidade dos suspeitos ainda não foi confirmada oficialmente, mas um deles seria envolvido na morte de um policial militar cearense, ocorrida em fevereiro de 2024, no bairro Pirambu, em Fortaleza. Outros foragidos também foram capturados ao longo da operação.
Entre as vítimas do confronto estão quatro policiais, sendo um deles o policial civil Rodrigo Cabral, de 34 anos, lotado na 39ª Delegacia de Polícia (Pavuna). Rodrigo havia tomado posse há apenas dois meses e morreu após ser atingido por um tiro na nuca durante os confrontos.
Ainda de acordo com o Diário do Nordeste, os criminosos cearenses mortos no Rio de Janeiro tinham extensa ficha criminal e mandados de prisão em aberto. Eles teriam se refugiado em comunidades controladas pelo Comando Vermelho para escapar das forças de segurança do Ceará e continuar ordenando crimes à distância.
Um dos mortos seria um dos responsáveis pelo assassinato do policial militar Bruno Lopes Marques, ocorrido em 12 de fevereiro de 2024, no bairro Pirambu, em Fortaleza. Na ocasião, Bruno, de 27 anos, estava de folga em um bar, jogando baralho com amigos, quando foi atacado a tiros. Dois homens que estavam com ele sobreviveram.
As investigações apontam que o crime foi ordenado por Carlos Mateus da Silva Alencar, conhecido como “Skidum” ou “Fiel”, considerado uma das lideranças do CV no Ceará. Ele também estaria escondido no Rio de Janeiro e é procurado pelas autoridades.