Subtenente reformado da PM suspeito da morte de vereador e seu filho em Maricá é preso
Militar se apresentou à Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) nessa quinta-feira
A polícia deu mais um passo importante na investigação de um grupo de pessoas, com supostas ligações nos meios políticos de Maricá, nos últimos anos, e presas sob acusação de participação nas mortes de um vereador, de seu filho, e de um jornalista naquele município. Ao grupo, ao todo, são atribuidos cinco homicídios.
O subtenente reformado da PM Davi de Souza Esteves, conhecido como subtenente Davi, de 58 anos, apontado pela Polícia Civil como suspeito pelos homicídios do vereador maricaense Ismael Breve e de seu filho Thiago André Marins de Marins, em Maricá, há quatro anos, se entregou, na última quinta-feira (30), na sede da Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNSG). Segundo investigações da DHNISG, ele teria cometido o crime com outro suspeito, Rodrigo José Barbosa da Silva, vulgo Rodrigo Negão, de 42. De acordo com as investigações, a mandante seria a ex-companheira de Thiago, Vanessa da Matta, conhecida como Vanessa Alicate.
O subtenente reformado da PM estava foragido desde que a polícia e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ) fizeram uma operação para prender os três acusados, no último dia 24. No fim de semana, as prisões de Rodrigo e Vanessa foram mantidas pelo Juízo de plantão da Central de Audiências de Custódia, em Benfica, na Zona Norte do Rio.
Segundo as investigações do Gaeco e da DHNSG, o carro usado no deslocamento de Rodrigo e Davi foi flagrado por câmeras de segurança de Maricá, próximo à casa do vereador. Outro crime em que o PM e Rodrigo são acusados é o assassinato do repórter Romário da Silva Barros, assassinado a tiros em razão do seu trabalho como jornalista investigativo em Maricá.
Os investigadores descobriram que os suspeitos monitoraram a vítima, e atacaram Romário quando voltava de carro para casa. O repórter foi surpreendido, sem possibilidade de reação. Rodrigo foi identificado pelos investigadores com auxílio da biometria corporal, o qual reconheceu características dele.
Uma quarta vítima dos suspeitos foi Sidnei da Silva. Segundo as investigações, ele foi morto por vingança — após uma discussão na rua, poucos dias antes do crime, entre a vítima e a sua ex-cunhada, esposa do acusado Rodrigo.