MPRJ denuncia casal acusado de matar mulher na frente do filho em bangu
Segundo a justiça, Marcius dos Reis Resener de Oliveira e Rafaella Azevedo Calheiros Regis, são acusados de cometerem feminicídio

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou denúncia nesta segunda-feira (22) contra Marcius dos Reis Resener de Oliveira e Rafaella Azevedo Calheiros Regis, acusados de cometerem feminicídio. O casal é responsável pela morte de Aline de Oliveira, de 41 anos, ex-mulher de Marcius, no último dia 5, em Bangu, Zona Oeste do Rio.
De acordo com a denúncia, o crime teria sido motivado por vingança. Marcius não teria aceitado o fato de Aline ter obtido a guarda unilateral do filho do casal. O crime foi cometido na presença da criança de oito anos, fruto do relacionamento entre Marcius e Aline. Segundo o relato do garoto aos familiares, Marcius apareceu encapuzado em frente à escola e, ao ver a mãe e o filho saindo, disparou contra a ex-companheira. Aline tentou proteger o filho dos disparos, abraçando-o, mas foi morta. O assassino, visivelmente alterado, arrancou o menino dos braços da mãe e, antes de fugir com ele, voltou e atirou na cabeça da mulher.
Após cometer o homicídio, Marcius e sua namorada, Rafaella, que teria auxiliado no ato, forçaram a criança a entrar em um veículo no qual fugiram. Momentos depois, ao perceber que estavam sendo perseguidos, Marcius disparou tiros contra a viatura policial. O MPRJ ressalta ainda que o acusado adulterou a placa do veículo que dirigia, na tentativa de evitar ser identificado e punido pelos crimes cometidos.
O filho do casal está sob os cuidados da família materna e conversou com psicólogos do Conselho Tutelar de Guaratiba horas após o crime. Foi a criança quem mostrou aos policiais onde o pai havia escondido a arma utilizada para matar a mãe.
Marcius e Rafaella serão julgados pelos crimes de homicídio qualificado e subtração de incapaz. Além disso, Marcius também foi denunciado por tentativa de homicídio, devido aos disparos contra os policiais, resistência e adulteração de placa.
A decisão de aceitar ou não a denúncia está nas mãos do juízo responsável pelo caso, e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) aguarda essa decisão para dar prosseguimento ao processo.