Quatro brasileiros são presos na França com carga de 95 kg de cocaína
Cruzeiro onde droga foi encontrada passou por cidades brasileiras

Quatro brasileiros que viajavam pela Europa em um cruzeiro foram presos depois que a alfândega da França encontrou uma carga de 95 quilos de cocaína com eles. No total, as drogas valem cerca de 26,7 milhões de reais. Há suspeitas de que o entorpecente tenha entrado no navio durante sua passagem pela costa de algumas cidades no Brasil.
A apreensão, divulgada neste domingo (21/05), aconteceu no último dia 4 de maio, quando o transatlântico chegava a cidade de Marselha. Segundo a Direção Geral de Alfândegas (DGA) do país, foi a maior apreensão em cruzeiro já registrada na história do porto.
O navio Costa Favolosa chegou a passar pela costa da capital do Rio de Janeiro em abril, pouco depois de uma passagem pela cidade de Santos, em São Paulo. Ele também visitou, em seguida, as cidades de Salvador, na Bahia, e Recife, em Pernambuco. Autoridades policiais francesas suspeitam que a carga de drogas possa ter entrado na embarcação em um dos portos brasileiros, já que foram encontrados com os tripulantes do Brasil.
A identidade dos acusados, que têm entre 26 e 31 anos, não foi divulgada. A alfândega francesa confirmou, porém, que se tratavam de três mulheres e um homem. Em depoimento à Polícia, o grupo admitiu que foi "contratado" para fazer o serviço de 'mulas' em São Paulo. Eles contaram, no entanto, que viajaram até a Europa de avião e só embarcaram no cruzeiro quando este passava por Savona, cidade da Itália.
Duas mulheres confessaram que parte da droga chegou a ser entregue. De acordo com seus relatos, os entorpecentes foram deixados em um apartamento no Centro da cidade de Marselha. Entre os material apreendido, 8,4 kg festavam em uma sacola lançada ao mar por uma das acusadas, enquanto 86,4 estavam escondidos em bagagens guardadas debaixo do colchão na cabine onde a suspeita estava com seu companheiro.
Policiais locais e internacionais investigam o caso e a procedência da droga. A empresa que administra o cruzeiro, a Costa Crociere, confirmou que a ocorrência foi registrada em um de seus navios, mas disse que "não pode fornecer outros detalhes sobre o caso, que agora é supervisionado e tratado pelas autoridades locais e internacionais de acordo com as leis aplicáveis".
