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Tiroteios na CDD assustam moradores e crianças são trancadas em ONG para se proteger

O confronto aconteceu nesta segunda-feira (10), durante todo o período da manhã e tarde

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 11 de abril de 2023 - 00:41
Líder comunitário criticou ação
Líder comunitário criticou ação -

A Cidade de Deus, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, passou por mais um dia violento nesta segunda-feira (10). Tiroteios entre traficantes e policiais militares foram registrados tanto no período da manhã quanto à tarde, deixando moradores em pânico. A ONG Nóiz, que promove educação e cultura para jovens a partir de 4 anos, precisou trancar as crianças em uma biblioteca para mantê-las a salvo dos tiros durante a operação.

O presidente da ONG, André Melo, descreveu a situação como uma realidade triste e comum para a comunidade. Ele afirmou que a polícia chegou à região logo pela manhã, levando algumas escolas a cancelarem as aulas e outras a mantê-las normalmente. No momento em que ocorreu o tiroteio, as crianças da ONG estavam fazendo balé e precisaram ser trancadas na biblioteca para se proteger. 

Agentes do 18º BPM (Jacarepaguá) e do 2º Comando de Policiamento Aéreo (2º CPA) foram atacados a tiros durante a operação, que tinha como objetivo reprimir a movimentação de criminosos na região. Após o confronto, os suspeitos fugiram para o interior da comunidade e não houve registro de presos, feridos ou apreensões. André Melo criticou a operação, afirmando que os moradores da comunidade também ficam suscetíveis aos tiros e que o crime organizado continua atuando na região, mesmo com as ações policiais.

O Projeto Nóiz segue na tentativa de construir um ambiente saudável para as crianças, mesmo em meio à violência da comunidade. Melo destacou que o formato de operações policiais não é efetivo e expõe todos os envolvidos a riscos. Ele lamentou que as crianças cresçam em um ambiente violento e psicologicamente traumatizante, enquanto outras crianças têm a oportunidade de estudar em escolas particulares e ter segurança.

A PM informou que a operação foi finalizada por volta das 19h e que o policiamento segue reforçado na região. O governo ainda não se manifestou sobre as críticas do presidente da ONG.

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