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Famílias pedem justiça pelas mortes de jovens em SG e Niterói

Matheus Bruno e Raphael Luiz foram algumas das vítimas de ações policiais onde moravam

relogio min de leitura | Escrito por Lívia Mendonça | 14 de março de 2023 - 17:25
Manifestação em frente a Delegacia de Homicídios de Niterói
Manifestação em frente a Delegacia de Homicídios de Niterói -

Familiares e amigos de jovens que foram mortos durante ações policiais em São Gonçalo e Niterói, fizeram, nesta terça-feira (14), uma manifestação em frente a Delegacia de Homicídios de Niterói, cobrando por justiça e pela resolução do caso, que segue sem conclusão.

A mãe do jovem Raphael Luiz, de 22 anos, que trabalhava como polidor e lavador de carros, morto no bairro Santa Izabel, em São Gonçalo, esteve presente no ato e reforçou a inocência do filho e o desejo de desvincular a imagem dele à qualquer acusação injusta.

"Pra mim e pra minha família está muito difícil, estamos esperando uma resposta do Estado que até hoje não deu retorno nenhum. Se fosse o filho de um presidente, de um prefeito, de um empresário, já tinham resolvido", afirmou Cristiane.

Os questionamentos da mãe são os mesmos desde o dia do ocorrido: "Por que mataram meu filho? Ele não era drogado, viciado, e virou só mais um nas estatísticas deles. Ele era trabalhador, honesto e morreu do jeito que morreu, com tiro de fuzil nas costas. Eu quero só justiça, só isso", enfatizou.

Outro jovem lembrado durante a manifestação desta terça é Matheus Bruno, de 23 anos, morto na Comunidade da Otto, na Engenhoca, em Niterói. Ele participava da websérie "Sem Ocupação" e cuidava de pets para completar a renda. Apesar de novo, namorava há oito anos a filha de Claudia Alexandre, presidente da Organização de Amigos e Familiares de Presos e Egressos, que esteve a frente na manifestação de hoje.

"É um completo descaso da parte do Estado, essa situação não pode continuar, precisamos de uma resposta. Nosso objetivo com a manifestação é cobrar, o mais rápido possível, as documentações do laudo e do confronto balístico. A família também não foi ouvida até hoje", disse Claudia, sogra de Matheus Bruno.

Claudia também afirma que seu maior desejo é ajudar os que não tem voz e que não irão desistir.

"Com tudo isso, minha filha está doente, não consegue trabalhar. O Matheus era um homem honesto, trabalhador, e nós, que pagamos impostos, estamos pagando para nos matarem, e não proteger", finalizou.

*Estagiária sob supervisão de Thiago Soares

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