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Justiça aceita denúncia contra garçom que matou esposa e amiga na Rocinha

Ele é acusado de matar as jovens e de forjar o local do crime como se elas tivessem brigado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 28 de fevereiro de 2023 - 13:33
A denúncia do Ministério Público foi aceita na última sexta-feira (28)
A denúncia do Ministério Público foi aceita na última sexta-feira (28) -

A juíza Tula Correa de Mello, titular da 3ª Vara Criminal do Rio, aceitou na última sexta-feira (24) a denúncia do Ministério Público contra o garçom Antônio Armando Ramos de Monteiro, de 23 anos, e decretou a sua prisão preventiva. Ele é acusado de matar as jovens Francisca Analice Mendes, de 20 anos, com quem era casado, e a amiga dela, Stefany Paiva, de 19, dentro de casa, e de forjar o local do crime como se elas tivessem brigado, na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio.  

De acordo com a denúncia, o crime ocorreu entre a noite do dia 28 de dezembro de 2022 e a madrugada do dia 29.  Francisca e Stefany eram amigas de infância, e foram encontradas com marcas de golpes de faca. O garçom vai responder à ação penal por duplo homicídio qualificado – praticado por motivo fútil (ciúmes da mulher), meio cruel, para garantir a sua impunidade e também por feminicídio.

“Consoante se denota da denúncia, trata-se de imputação que possui extrema violência e crueldade, considerando os locais do corpo onde as vítimas foram atingidas, possuindo gravidade concreta e gerando grande repercussão social. Segundo a denúncia e os depoimentos colhidos em sede policial, o delito foi praticado com audácia criminosa e objetivando a impunidade, eis que o acusado teria buscado imputar a uma das vítimas a autoria delitiva, não tendo o acusado demonstrado qualquer arrependimento, tendo sido encontrado dormindo logo após os fatos”, destacou a juíza em sua decisão.  

A magistrada acrescenta que “as circunstâncias que norteiam a apuração do fato recomendam a prisão preventiva para a garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para garantia da futura aplicação da lei penal”.  

Antonio chegou a consolar sua cunhada no momento em que o registro das mortes era feito na delegacia. Ele foi preso no dia 30 de dezembro. A perícia identificou sangue humano em uma blusa e chinelo utilizados pelo acusado.   

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