Justiça ordena transferência de presos do Rio para presídio federal
Toni Ângelo e Glaidson Santos - o "faraó dos bitcoins" - estão entre os principais presos que serão mudados de penitenciária

À pedido da Justiça Federal, o miliciano Toni Ângelo Souza de Aguiar será transferido para o presídio de Mossoró, no Rio de Grande do Norte. Na decisão, ficou determinado que ele permaneça na penitenciária por um ano.
Esta é a terceira passagem de Toni por um presídio federal. Atualmente, ele cumpre 66 anos de prisão por associação criminosa, receptação e extorsão na Cadeira Pública do Complexo de Gericinó, em Bangu. Além disso, o miliciano também é acusado pelo Ministério Público - quando já estava preso - por tentativa de aliança à grupos paramilitares que disputam a Zona Oeste do Rio.
A informação, segundo o Ministério Público, é de uma possível aliança de Toni Ângelo com os milicianos Rafael Luz Souza (Pulgão) e Danilo Dias Lima (Tandera). As investigações indicam que os três estão em disputa pelo controle de alguns bairros da Zona Oeste, como Santa Cruz e Paciência - que hoje estão sob o comando do miliciano Luís Antônio da Silva Braga (Zinho). Tudo indica que essa aliança nasceu após a morte de Thiago Souza Aguiar, o irmão de Toni, que teria sido a mando da milícia que Zinho faz parte.
Sobre a decisão de transferi-lo, o juiz federal Walter Nunes da Silva Junior escreveu: "Vê-se que, de acordo com as informações trazidas pela origem, não restam quaisquer dúvidas da necessidade de providência por parte das autoridades, mediante o isolamento do apenado em estabelecimento penitenciário federal de segurança máxima, localizado distante do Estado de origem".
'Faraó' dos bitcoins também deve deixar o Rio
Também no Rio, o preso Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "faraó dos bitcoins", deve deixar o presidio de Bangu. O Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça abriu uma vaga para sua transferência a penitenciária de Catanduvas, no Paraná. Assim como Toni, ele também é acusado de continuar a chefiar uma organização criminosa de dentro da cadeia.
Para a transferência ser realizada, ainda é necessária a ordem do corregedor da penitenciária. À pedido do Ministério Público, foi ordenada a prisão preventiva de Glaidson, que já está no Complexo de Bangu desde agosto do ano passado. Ele e Wagner Dantas Alegre - que se encontra foragido - são acusados de homicídios, extorsões e ameaças para eliminar a concorrência e garantir o monopólio na exploração de pirâmides financeiras em Cabo Frio e cidades vizinhas da Região dos Lagos.