'Faraó das Bitcoins' fica em cela de segurança máxima
Nova investigação aponta que Glaidson liderava grupo de pistoleiros particulares para 'eliminar' concorrentes. Ele está preso

Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o "Faraó do Bitcoins", deve ser transferido para uma cela de segurança máxima em presídio federal após a descoberta de novas denúncias ligadas a ele. As novas investigações apontam que o acusado tinha um grupo de atiradores a seu serviço para assassinar concorrentes.
Preso em 2021 por acusações de orquestrar um esquema de fraudes bilionárias, o investidor está sendo alvo de nova operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ. O grupo encontrou registros de ligações que revelam que Glaidson pagava uma "tropa" pessoal de detetives e pistoleiros contratados para eliminar qualquer um que ameaçasse seu domínio no mercado de criptomoedas e pirâmides na Região dos Lagos, onde atuava.
O dono da GAS Consultoria também pagava pelos veículos e armas utilizados pelo grupo, conforme aponta a investigação. Seis empresas de fachada teriam sido criadas, segundo o Gaeco, para sustentar as atividades do grupo, organizadas por um setor de inteligência próprio.
O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Especializada, determinou que, à luz das novas informações obtidas, o detento deve ser encaminhado para a para a Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó. Ele estava preso em outro presídio do mesmo complexo, a Penitenciária Joaquim Ferreira dos Santos.
Em dezembro de 2021, o "Faraó" já havia sido apontado como mandante do assassinato Wesley Pessano, outro investidor do mercado na região.
Os advogados de defesa do réu informou que irá recorrer a decisão da 1ª Vara assim que possível e que não teve acesso aos autos da decretação de nova prisão preventiva.