'Agora me sinto livre', diz pedagoga que matou marido e pôs corpo no freezer
Ela confessou o crime

Acusada de matar o marido Valdemir Hoeckler, e guardar o corpo dele em um freezer em Lacerdópolis, Santa Catarina, a pedagoga Claudia Fernandes, 40, revelou que teve uma "sensação de liberdade" após cometer o crime. "Eu vou agora cumprir minha pena, vou para cadeia, mas eu nunca me senti tão livre. [...] Eu sinto que minha filha está mais segura. Não vai ter ninguém impedindo da gente se ver. Sei que vou parar de apanhar, não sei explicar, mas é uma liberdade", disse, em entrevista ao Canal Beto Ribeiro, no Youtube. As informações foram publicadas pelo portal Uol.
Ela confessou o crime, se entregou e afirmou que a vítima, de 52 anos, era agressivo e a teria ameaçado de morte. Ela admitiu, ainda, que deu remédio para ele dormir e o asfixiou depois. Segundo a suspeita, ela teve "um surto" após o marido a impedir de ir a uma viagem com colegas de trabalho, que seria realizada no último dia 14, a ameaçando de morte em seguida.
"Pensei: 'já que alguém vai morrer, que seja você'", contou.
A acusada já tinha feito um boletim de ocorrência contra Valdemir em 2019, mas voltou atrás por sentir medo e ser ameaçada. Após prestar depoimento na delegacia quando o homem ainda era considerado desaparecido, ela foi submetida a exame de corpo de delito porque tinha hematomas nos braços, compatíveis com uma agressão.
A defesa de Claudia reforçou a versão de que a violência doméstica sofrida por ela foi a motivadora do assassinato. "Ela era uma mulher maltratada física e psicologicamente. Por vezes, até violentada de forma sexual. E que para preservar a própria vida, matou. Hoje ela está se entregando à polícia e possivelmente vai ser presa. Mas ela deixa bem claro: nunca se sentiu tão livre", afirmou o advogado Marco Alencar.