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Advogados de Flordelis alegam que ex-deputada foi vítima de tortura na prisão

Defesa afirma que acusada teria sido extorquida e sofrido violência física de agentes penitenciários

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de novembro de 2022 - 16:45
Alegações são apresentadas às vésperas de julgamento, marcado para a próxima segunda (07/11)
Alegações são apresentadas às vésperas de julgamento, marcado para a próxima segunda (07/11) -

A equipe de advogados que defende a ex-deputada federal e pastora Flordelis, acusada de ordenar o assassinato do marido, o também pastor Anderson do Carmo, alega que ela foi torturada e extorquida por agentes penitenciários na unidade prisional onde está detida, na Zona Oeste do Rio.

Segundo a defesa, a ex-deputada teria apresentado marcas de agressões e queimaduras feitas com pontas de cigarros. Além disso, eles relatam que a detenta teria sido extorquida durante meses por agentes penitenciários. As extorsões teriam começado em maio desse ano (2022), quando um aparelho de telefone celular foi apreendido na cela de Flordelis.

A extorsão teria sido o motivo, apontam os advogados, para Flordelis ter escondido dinheiro nas partes íntimas. "O dinheiro com que ela foi flagrada na genitália era para dar aos guardas que a chantageavam. Quando foi levada à direção, ela questionou a falta de segurança e informou quem estava a extorquindo. Fomos no dia seguinte entender o que estava acontecendo e vimos ela andando torta, fazendo cara de dor. Ao nos encontrar, ela começou a chorar e quando pedimos para ela levantar a camisa vimos que estava com várias marcas roxas, hematomas e queimaduras de cigarros", contou a advogada Janira Rocha.

Por fim, os advogados disseram que as agressões teriam cessado recentemente, com a preparação para o julgamento. Conforme o relato, os agentes acusados pelas agressões foram transferidos da unidade prisional após apuração interna.

As denúncias da defesa ocorrem a poucos dias do julgamento de Flordelis, marcado para a próxima segunda-feira (07/11). Ela é acusada de homicídio triplamente qualificado, motivo torpe e emprego de meio cruel. Além disso, a ex-deputada também é investigada por tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.

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