Viúva do ex-capitão da PM Adriano da Nóbrega perde o privilégio de escolta policial
A ex-esposa de Adriano é ré por lavagem de dinheiro e organização criminosa

A Justiça determinou na semana retrasada que Júlia Emília Mello Lotufo, viúva de Adriano Magalhães da Nóbrega, miliciano e ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), não terá mais a escolta da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), após mais de um ano com o privilégio. A ex-esposa do policial militar é ré por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Bruno Rulière, juiz da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, decidiu não atender o pedido dos advogados de Julia para manter a sua segurança. "Nunca houve determinação do Juízo para que a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro prestasse escolta à acusada", pontuou.
Na decisão, o juiz determinou que continuasse retido o passaporte de Júlia, além de indeferir o pedido da defesa para que ela fosse morar em Portugal e dispensar o uso da tornozeleira eletrônica. A viúva do miliciano fazia uso da tornozeleira na prisão domiciliar desde que sua defesa recorreu da decisão de prisão preventiva determinada pelo Superior Tribunal De Justiça (STJ), em março de 2021. A prisão preventiva não chegou a ser cumprida.
De junho do ano passado até o início deste mês, Júlia recebeu escolta de três equipes de policiais civis da Core que acompanhavam suas audiências ou ficavam na garagem da sua residência à beira mar, na Barra da Tijuca. Júlia é casada e mora hoje com o empresário Eduardo Vinícius Giraldes Silva, também réu em processo na Justiça por lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.