Torturados e executados em comunidades de S. Gonçalo

Corpo completamente carbonizado foi encontrado na caçamba de um Saveiro, no Morro da Dita
Foto: Luiz NicolellaDuas pessoas foram assassinadas em diferentes bairro de São Gonçalo, na noite da última quinta-feira. No Arsenal, uma mulher, ainda não identificada, foi morta com pelo menos três tiros.
Segundo testemunhas, o crime ocorreu por volta das 20h, na Rua Antônio Bernardo Ribeiro, em frente a um bar, na localidade conhecida como Caim, que fica próximo à Favela do Arrastão.
A vítima, que aparentava ter entre 30 e 35 anos, estava com uma corda amarrada no pescoço e com o short arriado. No momento do crime, o bar estava lotado, mas os frequentadores preferiram adotar a lei do silêncio temendo represálias.
No Jóquei, um corpo completamente carbonizado foi encontrado na caçamba de um Saveiro preto, num dos acessos ao Morro da Dita. Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo foram acionados por PMs, que encontraram o veículo ainda em chamas, na Rua Expedicionário Amaro Felicíssimo Silveira. O automóvel não constava como roubado.
Segundo a polícia, há pelo menos uma semana, a comunidade se tornou palco de uma disputa entre facções rivais pelo controle do tráfico, que já deixou outra vítima.
Na última segunda-feira, o pedreiro Luiz Antônio Galdino de Oliveira, 38, foi executado por criminosos do Morro da Dita. Investigações da Divisão de Homicídios apontaram que o envolvimento de um familiar do pedreiro com o tráfico de drogas acabou decretando sua morte. A ação teria sido uma represália à troca de facção desse familiar, que teria mudado da Amigo dos Amigos (Ada) para o CV.
O pedreiro acabou sequestrado por homens armados, segunda à noite, quando estava em sua residência no Jardim República. Na noite do dia seguinte, o corpo dele foi encontrado no porta-malas do seu veículo, um Gol preto, na Rua 9 de Janeiro. Ele apresentava marcas de tiros, lesões no quadril e estava sujo de lama.
A DH já identificou dois acusados de envolvimento no crime, que devem ter a prisão solicitada à Justiça nos próximos dias.