Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,5165 | Euro R$ 6,3876
Search

Polícia do Rio prende homem acusado de manter família em cárcere privado há 17 anos

Mulher e dois filhos eram sujeitos a tortura e insalubridade, segundo Polícia

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 28 de julho de 2022 - 21:38
Vítimas encontradas amarradas e subnutridas foram encaminhadas para hospital em Campor Grande
Vítimas encontradas amarradas e subnutridas foram encaminhadas para hospital em Campor Grande -

Uma mulher e seus dois filhos foram resgatados de cárcere privado em um domicílio na Rua Leonel Rocha, em Guaratiba, Zona Oeste do Rio, durante ação de oficiais do 27° Batalhão da Polícia Militar nesta quinta-feira (28/07). O marido dela e pai dos jovens, Luís Antônio Santos Silva, foi preso por acusações de manter a família em cativeiro por 17 anos.

Os agentes visitaram o endereço depois de receberem denúncia anônima. Os filhos, um rapaz de 19 anos e uma mulher de 22, foram encontrados amarrados pelos pés e sujos. Ambos apresentaram sinais de transtornos mentais. Tanto eles quanto a mãe também aparentam estar em condição de severa subnutrição. Logo após o resgate, uma unidade do SAMU foi imediatamente acionada e os três foram levados para um hospital municipal em Campo Grande.

O suspeito foi detido pelos crimes de cárcere privado, tortura e maus-tratos. De acordo com o capitão do 27° BPM que liderou a ação, ele não apresentou nenhum álibi ou demonstração de remorso. "Ele só falava que era apenas trabalhador e que estávamos fazendo uma injustiça", comentou o policial. A casa foi encontrada em condição insalubre, com acúmulo de lixo e fezes no chão.

A mulher tem por volta de 40 anos de idade. Segundo os militares, ela demonstrou pânico diante da situação degradante e certa relutância em responder as perguntas dos policiais. Sobre os filhos, ela indicou que ambos não tiveram contato externo ao longos dos últimos 17 anos. "A mãe falou que eles nunca tinham visto a luz do dia. Perguntei se ela queria uma água, se estava com fome, se queria algo e ela só me respondeu 'mas ele não deixa eles comerem'", contou o capitão da Polícia.

A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo grande recebeu as informações sobre o caso, que segue em investigação, em parceria com oficiais da 43° delegacia de Polícia.

Matérias Relacionadas