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Corpos de casal morto pelo filho em SG são liberados do IML

Acusado do crime sofre de problemas mentais e tinha sido liberado de clínica psiquiátrica recentemente

relogio min de leitura | Escrito por Ana Carolina Moraes | 05 de julho de 2022 - 10:39
IML de Tribobó
IML de Tribobó -

Familiares de Antonio Ribeiro Bucker Martins e Maria de Fátima Lopes Santos fizeram a liberação dos corpos no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó nesta manhã de terça-feira (05). Os dois foram mortos pelo filho Emerson Lopes Martins Bucker, de 30 anos, dentro de casa na Estrada dos Bichinhos na última segunda-feira (04). Emerson sofre de problemas mentais. 

Segundo informações preliminares, Emerson Lopes Martins Bucker matou os pais com golpes de marreta após descobrir que a família estaria planejando interná-lo em uma clínica de reabilitação devido aos constantes surtos que ele vinha tendo nas últimas semanas. Segundo os vizinhos e familiares, os surtos aumentaram recentemente após ele ter tido problemas com uma ex-namorada.

A irmã dele, Dayana Rangel, contou que os pais cuidavam de Emerson desde que ele foi liberado de uma clínica psiquiátrica após ter tido alguns surtos relacionados a problemas mentais. 

“Ele se separou da esposa há pouco mais de um ano, com oito meses de casado ele descobriu que o filho não era dele. A esposa deu entrada no pedido de separação afirmando que já estava com outra pessoa. Aí ele surtou, passou a andar pelado na rua, chamamos o SAMU e ele foi internado, passou a tomar remédio, mas como somos pessoas humildes ele não ficou muito tempo no hospital, foi para casa e minha mãe e meu pai ficaram cuidando”, afirmou Dayana. Ela contou que seu irmão foi internado duas vezes e continuou fazendo o tratamento com o uso de remédios. 

No entanto, a situação não melhorou e ele apresentava comportamentos violentos quando estava em surto. “Às vezes ele não queria tomar remédio e ficava violento, mas não esperávamos que ele fosse capaz de fazer isso. A mulher ontem entrou em contato com ele para pedir ajuda para a criança que não é filho dele, mas meu irmão não tem psicológico para isso, ele ainda é apaixonado por ela. Nisso ele surtou mais uma vez. Parece que a criança está com Covid. E aí queremos entender o que houve para ele atacar minha mãe e meu pai que são dóceis. Ele matou os dois a martelada, sem motivo nenhum, pegou o dinheiro de casa e fugiu, os bandidos tentaram pegar ele, mas não conseguiram, a polícia conseguiu. Ele estava andando na rua, tranquilo, surtado e com os pés sujos de sangue”, disse ela. 

Ainda não se sabe o que motivou o crime. “Ele ajudava essa ex-esposa, queria voltar para ela. Eu não sei se talvez ele pediu dinheiro para os nossos pais para ajudar essa moça e eles negaram, o Emerson ficou com raiva e cometeu o crime, eu não sei. Ele não aceita que o filho não é dele. Ele fala que é mentira, que inventaram a história que o filho não é dele. Antes disso, ele nunca apresentou nenhum problema do tipo, sempre trabalhador, sério, quietinho, alegre, sorridente, dócil, amigo de todo mundo. Ele só ficou mal após essa separação. Tenho cinco irmãos, contando com o Emerson. Estamos todos abalado. Vi meu pai batendo na minha mãe durante toda a minha infância e no final vi ela sendo assassinada pelo próprio filho”, afirmou. 

Ainda não se sabe a hora do sepultamento dos pais de Dayana. O caso segue em investigação na Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG).

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