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Idosa que alugava imóveis cai em golpe e é morta por criminosos

A aposentada foi dopada até a morte por criminosos que roubaram sua fortuna

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de maio de 2022 - 13:55
Caso aconteceu no fim de 2020
Caso aconteceu no fim de 2020 -

A professora aposentada Sônia Maria da Costa, de 79 anos, foi morta após cair em um golpe de uma quadrilha especializada em roubar idosos ricos. Levando uma vida simples em Vila Isabel, a idosa era dona de mais de 20 imóveis na Zona Norte do Rio, também era herdeira de uma propriedade rural em Portugal, e tinha mais de R$ 5 milhões no banco. A professora foi enganada pelos golpistas e ficou em cárcere privado sendo dopada diariamente por pelo menos três semanas, até morrer. O crime aconteceu no fim de 2020, mas foi revelado pelo Fantástico neste domingo (15).

De acordo com as investigações, uma inquilina nova, identificada como Danielle Esteves de Pinho, começou a se aproximar de Sônia e frequentar a casa da idosa. Segundo a polícia, Danielle era uma das integrantes da quadrilha.

Danielle e os outros integrantes da quadrilha passaram a dopar a idosa constantemente para conseguirem acessar o dinheiro dela. Os criminosos já haviam realizado vários saques e transferências. 

Ao ser procurada para uma conversa sobre os contratos de aluguel, a idosa desmaiou. Os vizinhos então chamaram a ambulância, mas ficaram surpresos ao ver que Danielle, que era uma inquilina recente, já tinha intimidade com a idosa, tendo fácil acesso à sua casa. Dona Sônia, Danielle e os vizinhos foram ao hospital, onde o médico disse que a idosa estava bem de saúde, mas desorientada. Já em casa, Sônia comentou que não se lembrava de nada, só que tinha assinado uns papéis, mas não sabia quais e do que se tratavam. 

A idosa sumiu de casa após o episódio e nenhum dos antigos vizinhos a viu mais. Porém, a cobrança dos aluguéis continuou a ser feita. Os inquilinos passaram a desconfiar ainda mais da situação quando todos eles receberam um comunicado informando que todos os imóveis passariam a ser administrados por um escritório de advocacia em nome de José Pinto. Com isso, os vizinhos mais próximos chamaram a polícia no dia 14 de novembro de 2020 para denunciar que a idosa estava desaparecida.

Durante as investigações, a polícia percebeu que o patrimônio da aposentada estava sumindo. Em sua conta bancária havia saques de mais de R$ 800 mil, e o cofre que ela mantinha em casa estava vazio.

Segundo a polícia, os criminosos tiraram dona Sônia de casa e a levaram para um apartamento em Copacabana, onde foi dopada até morrer. De acordo com os investigadores, a idosa não aguentou a grande quantidade de remédios e acabou morrendo. Os criminosos enterraram a idosa no Cemitério do Caju, na Zona Norte do Rio, com outro nome para ocultar o corpo. Após exumar o corpo, a polícia confirmou que o corpo enterrado não era mesmo o de dona Sônia. 

Três integrantes da quadrilha já foram presos pela polícia, apontados como participantes do golpe e do assassinato da idosa: o advogado, José Pinto; a inquilina, Danielle Esteves de Pinho; e Andréa Cristina, que seria uma das chefes do grupo. Eles responderão por extorsão com resultado em morte.

De acordo com o Fantástico, o advogado de José Pinto disse, por meio de nota, que acusação atribuída a ele é infundada, também afirmou que a defesa será feita nos autos do processo e será esclarecida a inocência dele. O advogado de Danielle informou que conseguiu a revogação da prisão preventiva e ela está em liberdade. A defesa afirma que ela é inocente.

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