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Militares da Marinha são presos por sequestro e morte de perito civil no Rio

Eles confessaram o crime

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de maio de 2022 - 13:41
Lourival e Bruno, pai e filho, foram presos
Lourival e Bruno, pai e filho, foram presos -

Após investigações apontarem que o perito papiloscopista Renato Couto, de 41 anos, foi capturado, em uma viatura da Marinha, ao procurar um dono de um ferro-velho na região, quatro pessoas, entre elas dois sargentos e um cabo do 1º Distrito Naval, foram presas, na madrugada deste domingo (15), acusadas de sequestrarem, matarem e esconderem o corpo do policial civil. São eles Bruno Santos de Lima, seu pai, o dono do ferro-velho, Lourival Ferreira de Lima; Manoel Vitor Silva Soares e Daris Fidelis Mott.

Ainda segundo as investigações da 18ª DP (Praça da Bandeira), na ocasião do crime, o perito seguia para checar se materiais de uma obra tinham sido furtados por usuários de crack e levados para o já citado ferro-velho.

Os quatro presos confessaram participação no crime e forneceram informações sobre o trajeto que fizeram com a viatura da Marinha e do local onde o corpo da vítima foi jogado. 

Enquanto aguardava, na companhia do pai e de outros dois militares na sala de depoimento, o militar Bruno Lima tentou se ferir, cortando os pulsos com as lentes dos óculos. Ele foi então socorrido e levado ao hospital e voltou cerca de uma hora depois para prestar o depoimento.

Em suas falas, os acusados contaram que atiraram na perna do policial civil e já dentro da viatura deram mais um tiro na barriga. Constatando a morte, eles revelaram ainda que jogaram o corpo do policial no Rio Guandu.

Em nota, a Marinha do Brasil informou que tomou conhecimento, na noite de sábado, sobre uma ocorrência, com vítima, envolvendo militares da ativa do Comando do 1º Distrito Naval, objeto de inquérito policial no âmbito da Justiça comum.

"Os militares envolvidos foram presos em flagrante pela polícia e responderão pelos seus atos perante a Justiça.

A MB lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares da vítima e reitera seu firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os princípios militares.

A MB reforça, ainda, que não tolera tal comportamento, que está colaborando com os órgãos responsáveis pela investigação e informa que abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência".

Os presos responderão pelo crime de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O corpo do perito ainda não foi localizado.

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