Juíza decide manter prisão preventida de sargento acusado de matar vizinho em SG
A vítima e o acusado moravam no mesmo condomínio

O sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, acusado de assassinar Durval, um homem negro, após confundi-lo com um ladrão, em São Gonçalo, continua preso. A decisão de manter a prisão preventiva do sargento foi da juíza Juliana Grillo após uma audiência no Fórum Regional de Alcântara Patrícia Acioli, na última segunda-feira (09). A defesa dele alega que Aurélio só atirou em Durval por legítima defesa, já a família de Durval acredita em racismo. As informações são do G1.
O crime aconteceu no dia 2 de fevereiro, no bairro Colubandê, em São Gonçalo. Durval Teófilo Filho, que morava no mesmo condomínio que o sargento, foi atingido por três tiros quando chegava em casa. Ele abriu sua mochila para pegar as chaves de casa enquanto o militar aguardava a abertura do portão dentro de seu carro. Mesmo sem fazer nenhum movimento brusco, Durval foi atingidos pelos disparos. O atirador alegou à polícia que atirou porque confundiu o vizinho com um criminoso.
Aurélio Alves Bezerra foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por homicídio duplamente qualificado. O caso é considerado homicídio doloso, quando há a intenção de matar. A defesa do sargento tentou, durante a audiência, solicitar a revogação da prisão preventiva do militar, o que foi negado.
Na audiência, a juíza ouviu depoimentos do delegado do caso, Leonan Duarte Calderaro, que acredita que não houve racismo por parte do sargento contra a vítima, e ouviu também a fala do sargento, que afirmou ter socorrido Durval assim que percebeu que ele estava indefeso, após atirar contra ele. O sargento continuou afirmando que acredita que ele era um ladrão.