Mulher encontrada morta em Santa Izabel foi estrangulada e estuprada
Exames estão sendo feitos no corpo da vítima

Diarista, 47 anos, guerreira, querida e muito apegada aos filhos. Dentre muitos elogios, assim foi descrita Rita de Cássia Peres, morta após ser estrangulada e estuprada na noite do último sábado (07), em Santa Izabel, São Gonçalo.
Rita, como era chamada por todos, deixou três filhos, sendo dois meninos de 18 e 19 anos, e uma menina de 13 anos. Moradora da região, a mulher bastante conhecida pelos vizinhos e muito bem quista na localidade, foi estrangulada com uma correia dentada veicular.
O corpo dela foi encontrado numa área de mata na Rua Francisco Lengruber Portugal, com a roupa abaixada e com pele e cabelo em baixo das unhas. Para a polícia, um claro sinal de luta corporal na tentativa de se livrar de seu assassino.
A diarista saiu de casa, por volta das 20h, para ir para casa de seu namorado, que também fica no bairro. Contudo, a família foi informada que ela passou num bar da região antes de seguir para o destino final. Destino esse, que ela nunca chegou.
"Soubemos que ela passou num bar e depois saiu para ir para casa do companheiro. Ela não chegou lá. Não sabemos se alguém a seguiu, se alguém a pegou de surpresa no caminho. Sabemos que ela não tinha inimigo, não tinha vício, não tinha ninguém que quisesse o mal dela", desabafou um tio da vítima.
Desolado, o namorado da vítima chegou a ser considerado suspeito pela população local, contudo, após prestar depoimento, passar por exame de corpo de delito e responder questionamentos, a polícia concluiu que ele não teve participação no crime, segundo a família.
"Ele prestou depoimento e foi na delegacia. Ele estava muito triste por duvidaram dele, mas a gente entende que é procedimento. Contudo, sabemos que não foi ele. Minha irmã tinha pele e cabelo em baixo das unhas. A pessoa que fez isso com ela está arranhada, machucada, ele não tem marcas. Além de tudo, não mostrou nenhuma mudança de comportamento. Queremos que o culpado pague, mas não um inocente", disso outro familiar.
Crime
Apesar dos sinais claros de violência sexual, a polícia só pode afirmar que o crime aconteceu após o exame de necrópsia.
Até o final da manhã desta segunda-feira (09), o corpo de Rita permanecia no Instituto Médico Legal (IML) para passar pelos exames necessários antes do sepultamento.
Justiça
Moradores do local e familiares da vítima estão usando as redes sociais para pedir justiça.
"Ali é um local rural, escuro, deserto. Rita era uma pessoa boa, aguerrida, batalhadora, simpática. Fazia tudo pelos filhos. Ela era a única base deles.
Ela não tinha hábito de ficar fora de casa, muito protetora, muito mãe, uma pessoa com uma sensibilidade muito grande. Muito amável. A população está transtornada com o ocorrido e com a forma que ocorreu. Nada vai trazer minha irmã novamente, mas queremos justiça", desabafou o irmão de Rita.