Disque Denúncia lança campanha para coibir ação de criminosos contra operadoras de internet no Estado do Rio
Ações de criminosos têm levado prejuízo às empresas e risco aos funcionários e clientes. Asssunto foi alvo de reportagens em 'OSG'

Após as reportagens publicadas em OSG, sobre a ação de criminosos em comunidades de Niterói, impedindo o trabalho de empresas de internet e sabotando os serviços das provedoras, o Disque Denúncia do Rio de Janeiro iniciou, nesta terça-feira (18) uma campanha nas redes sociais para estimular a população a denunciar de forma anônima a ação de traficantes e milicianos que impedem, usando ameaças ou violência, a atuação de empresas regularizadas para distribuição de sinal de internet em diversas regiões do estado do Rio de Janeiro. O objetivo é ajudar a polícia com informações que possam levar à prisão dos grupos criminosos que tentam monopolizar o serviço de internet clandestina ofertado por eles.
As ameaças e intimidações à empresas de internet na região do Engenho do Mato, em Niterói, começaram em dezembro do ano passado, quando funcionários de uma empresa tiveram que sair da comunidade onde estavam realizando reparos na fibra óptica, que havia sido cortada. Segundo os funcionários, traficantes da região pediram para que eles se retirassem, além de informarem que os moradores da região não poderiam mais contar com o serviço da provedora de internet deles.
No início deste ano, as ameaças se concretizaram quando criminosos atearam fogo na garagem da empresa, destruindo sete carros e deixando um prejuízo de mais de R$ 350 mil.
No último domingo, o OSG mostrou, a partir de denúncias de moradores e investigações da polícia, que criminosos da comunidade Campo Novo, na região de Maria Paula, São Gonçalo, também estariam impedindo uma provedora de internet de atuar na região. A empresa comunicou aos clientes que, por determinação dos criminosos, deixariam de atender 17 ruas da comunidade.
“É importante que a população denuncie e ajude a polícia a enfrentar o crime organizado para proteger as atividades das empresas, o bom ambiente de negócios e os direitos dos consumidores ao serviço de qualidade”, afirmou Pedro Borges, coordenador do Disque-Denúncia.
“Contamos com a sociedade civil para denunciar e as lideranças políticas para nos apoiarem e adotarem as providências necessárias para impedir o prejuízo causado para essas empresas, milhares de trabalhadores e milhões de consumidores, cujas atividades são essenciais para a nossa economia”, concluiu o coordenador.