Polícia paraguaia prende 6 brasileiros suspeitos de cometerem atentado em Pedro Juan Caballero
O ataque deixou 4 vítimas, entre eles duas brasileiras e a filha de um governador

A Polícia Paraguaia prendeu seis brasileiros suspeitos de envolvimento no atentado que tirou a vida de quatro pessoas em Pedro Juan Caballero, na manhã desta segunda-feira (11). A cidade paraguaia faz fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. O crime aconteceu no último sábado (9).
Os presos foram identificados como Douglas Ribeiro Gomes, Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo, Gabriel Veiga de Sousa, Hywulysson Foresto, Juares Alvers da Silva e Luis Fernando Armando e Silva Simões, conforme informações divulgadas pelas autoridades do país. Durante a operação foram apreendidos ainda três veículos com documentação brasileira, além de documentos de outros três veículos, celulares, jóias e um recipiente com 74 gramas de maconha.
Todos os bens foram encontrados na residência onde se escondiam os acusados, no bairro de Maria Victoria. As equipes do Departamento Regional de Investigação de Atos Puníveis da Polícia Nacional chegaram ao local após receberem informações de que um dos veículos utilizados durante o ataque fora incinerado na colônia Fortuna Guazú, poucas horas antes.
Além dos listados acima, um outro suspeito foi preso neste domingo (10) após perseguição policial envolvendo agentes paraguaios e brasileiros. Com ele também foi apreendido um veículo que acredita-se ter sido utilizado durante as execuções.
Violência na Fronteira
De acordo com o diretor de Investigação de Atos Puníveis da Polícia paraguaia, o comissário César Silguero, as vítimas foram alvejadas enquanto entravam em um veículo entre as ruas Mariscal López e Ytororó, no bairro de San Antonio.
Dentre elas estavam as brasileiras Kaline Reinoso de Oliveira, de 22 anos, morta com 14 tiros, e Rhamye Jamilly Borges de Oliveira, de 18 anos, morta com 10 tiros, e os paraguaios Haylee Carolina Acevedo Yunis, filha de 21 anos de Ronald Acevedo, governador de Amambay, no Paraguai, e Omar “Bebeto” Vicente Álvarez Grance, de 32 anos, morto com 31 tiros e tido pelos investigadores como alvo dos criminosos.
Na última sexta-feira (8), um vereador do município de Ponta Porã, também foi assassinado. A recente escalada da violência na região levou autoridades brasileiras e paraguaias a reforçarem seu policiamento. Para tal, equipes da Delegacia Especializada de Repressão de Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (BOPE), do Batalhão de Choque (BPChq) e do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) foram enviadas ao local.