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Mãe que esquartejou o próprio filho em Itaboraí tem prisão convertida para preventiva

Suspeita estava presa em flagrante desde a última terça-feira (10)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de agosto de 2021 - 15:45
Mulher foi presa na última terça-feira (10)
Mulher foi presa na última terça-feira (10) -

A juíza Rachel Assad da Cunha decidiu converter em preventiva a prisão de uma mulher suspeita de matar o próprio filho recém-nascido na Comunidade do Rato Molhado, em Itaboraí. Na última terça-feira (13), a mãe da criança foi presa em flagrante após policiais encontraram o corpo da criança próximo a uma lixeira.

Na última terça-feira (10), policiais militares foram acionados para verificar a denúncia de que o corpo de um recém-nascido havia sido encontrado na Rua Manel Lopes de Oliveira, na Comunidade do Rato Molhado. Chegando ao endereço, os militares constataram a existência de um feto, já sem vida, e com os braços e as pernas arrancados.

A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) foi acionada e os policiais encontraram um rastro de sangue de aproximadamente 1km. Após seguir o trilha, encontraram a mãe da criança, escondida em sua casa, com sinais de parto recente. Ela foi presa em flagrante pelos agentes da DHNSG. Na quarta-feira (11), a perícia da especializada confirmou que a mulher havia matado o próprio filho.

Na decisão, proferida na última sexta-feira (13), a magistrada defendeu que a decisão se dá devido à gravidade do crime ao qual a mulher é acusada. Segunda a juíza, manter a suspeita em liberdade iria contra a “garantia da ordem pública, sobretudo porque crimes como esse comprometem a segurança de moradores da cidade de Itaboraí”.

De acordo com a decisão, a prisão preventiva deve, segundo a juíza, “resguardar a instrução processual, em especial porque se trata de crime de homicídio, que impacta diretamente nas pessoas envolvidas ou que tenham presenciado os fatos”. Na audiência, Rachel Assad também negou um pedido de liberdade provisória feito pela defensora pública que representa a defesa da acusada.

A magistrada afirmou que “a primariedade, por si só, não confere o direito à liberdade. Além disso, não restaram comprovados residência fixa e atividade laborativa lícita”. Em sua decisão, Rachel Assad destacou que ainda há testemunhas a serem ouvidas durante a instrução do processo.

A audiência também revelou detalhes sobre o que aconteceu no dia do crime. Policiais relataram que, ao chagarem à residência, encontraram a mãe da suspeita, avó da criança, lavando panos sujos com sangue. Ao ser questionada, ela mentiu aos agentes e disse que a filha teria se ferido. Ao encontrarem a acusada, os militares perguntaram se ela teve algum parto recentemente, mas a mulher afirmou “não saber que havia dado luz a uma criança”.

Após a audiência e a decisão da juíza, a suspeita foi encaminhada ao sistema prisional, onde está à disposição da justiça. Ela responderá pelo crime de vilipêndio a cadáver. As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSG). Exames ainda irão apurar em que circunstâncias o recém-nascido teve os membros separados do corpo.

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