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Deputada apresenta projeto para proibir 'tocaia policial' em comunidades do Rio

Projeto recebeu o nome de Kathlen Romeu, morta com um tiro de fuzil no tórax

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 13 de agosto de 2021 - 17:15
Projeto é de autoria da deputada estadual Renata Souza e tem apoio da família de Kathlen
Projeto é de autoria da deputada estadual Renata Souza e tem apoio da família de Kathlen -

A deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ) apresentou, nesta semana, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), um projeto para impedir a prática conhecida como "Tróia", quando agentes ficam escondidos em casas de moradores para atacar supostos criminosos em emboscada. O projeto foi batizado com o nome da jovem Kathlen Romeu, morta com um tiro de fuzil no tórax, na comunidade do Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio.

O projeto determina que essa prática deve ser lida pelos órgãos da segurança pública como uma infração administrativa grave, passível de demissão do serviço público, independente da responsabilização civil ou penal do policial. A prática de 'tocaia' atualmente não é admitida pela Polícia Militar. 

De acordo com a deputada, a prática causa inúmeras vítimas e já vem sendo denunciada por organizações de direitos humanos há anos. O projeto foi protocolado por Renata Souza ao lado dos familiares de Kathlen Romeu.

“A gente entende que precisa não só respaldar a memória de Kathlen, mas também trazer uma identidade importante para o que acontece no processo de segurança pública. A utilização de uma prática reprovável, inclusive pela ONU, que ainda que não esteja colocada como um código, algo estabelecido dentro das polícias, é uma prática que ocorre”, comentou Renata Souza.

Relembre o caso

A designer de interiores Kathlen Romeu morreu no dia 8 de junho, depois de ter sido atingida durante uma ação da Polícia Militar na comunidade do Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio. Grávida de 14 semanas, a jovem tinha 24 anos e havia se mudado da região no fim de abril por conta da violência. 

O laudo do Instituto Médico Legal apontou que Kathlen levou um tiro de fuzil no tórax. A PM negou que estivesse numa operação e alegou que agentes foram atacados. No entanto, a família de Kathlen contestou essa versão da PM e garantiu que não houve troca de tiros. A família também afirma que os disparos que mataram a jovem partiram da arma de policiais militares. O objetivo da investigação Delegacia de Homicídios da Capital é descobrir quem foi responsável pelo disparo que matou a jovem.

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