PM é morto a tiros por Guarda Municipal em bar na Baixada Fluminense
Este é o segundo caso de homicídio cometido por agentes da guarda municipal do Rio em menos de um mês

O policial militar Cristiano Loiola Valverde foi morto a tiros pelo agente da guarda municipal do Rio de Janeiro, Max Aurélio da Costa Biassoto Ferreira, na noite deste domingo (8). O homicídio aconteceu após o último ter se envolvido em discussão com outra pessoa em um bar na Praça Santos Drummont no Centro de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e Cristiano ter tentado apartar a briga. Os dois estavam de folga durante o ocorrido.
De acordo com testemunhas, o bar estava lotado de espectadores que assistiam à partida entre Flamengo e Internacional, encerrada em 4 a 0 para o time gaúcho. Foi quando uma discussão se iniciou entre o autor dos disparos e outro indivíduo presente no bar. O PM tentou conter os exaltados e foi alvejado pelo servidor público que sacou sua arma e disparou pelos menos 12 vezes contra ele.
Cristiano não resistiu e morreu no local. Os disparos atingiram ainda outras duas pessoas, um homem e uma mulher, que foram prontamente encaminhados ao hospital. Não se sabe ao certo seu atual estado de saúde.
Max Aurélio foi contido pelos demais presentes e preso em flagrante por outro policial militar à paisana que passava pelo local. O agente da prefeitura foi levado à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) onde o caso foi registrado e ele permanece sob custódia da polícia. A instituição de segurança informou ainda que as testemunhas foram devidamente ouvidas a fim de compreender a motivação do crime e que a cena do crime passou por perícia na madrugada desta segunda-feira (9).
Este é o segundo homicídio cometido por guardas municipais à paisana que ganharam os holofotes em menos de um mês. No dia 12 de julho, o então agente Fábio Damon Fragoso da Silva, de 46 anos, matou 3 pessoas após uma discussão em um bar em Vigário Geral, na Zona Norte do Rio, e acabou sendo morto após ser baleado na perna enquanto tentava resistir à prisão.
O fato aponta um aumento no número de casos de violência cometida por guardas municipais desde que o Supremo Tribunal Federal promulgou a decisão que garantiu o porte de armas de fogo aos guardas municipais de todo o país. Pela decisão aprovada pelo plenário da Corte, por maioria de votos do dia 1º de maio de 2021, todos os guardas municipais das capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes têm autorização para andar armados durante o serviço e os momentos de folga.
Apesar da evidente escalada violência que a medida trouxe às ruas do Rio, o executivo da capital do Estado tenta articular na Câmara Municipal a aprovação de um projeto de lei que garanta a manutenção do direito aos guardas municipais do município. Segundo o presidente da casa e um dos autores do projeto, o vereador Jones Moura (PSD), o armamento dos agentes contribuirá para a “redução dos índices de violência na cidade”.