Policial Militar mata quatro pessoas em briga em pizzaria de Porto Alegre
Agente se apresentou à polícia, mas foi liberado em seguida

Um policial militar matou quatro pessoas em uma pizzaria na Avenida Manoel Elias, na Zona Norte de Porto Alegre, na madrugada deste domingo (13). O agente se apresentou à Polícia Civil e assumiu a autoria do crime.
A cena foi flagrada por uma câmera de vigilância da pizzaria. As imagens corroboram a versão do policial, de acordo com os primeiros levantamentos. A Brigada Militar instaurou um procedimento interno para apurar os fatos. O policial foi afastado de suas funções até o fim das investigações.
A diretora do Departamento de Homicídios de Porto Alegre, Vanessa Pitrez, afirmou que o agente teria se desentendido com o grupo de seis pessoas, quatro homens e duas mulheres. A polícia está buscando informações para saber o que motivou a briga.
"Ele tentou se esconder e as pessoas foram pra cima dele. Ele estava sozinho, eram seis pessoas [no grupo] e colocaram numa situação 'embretado' num canto, onde tinha um armário. Segundo a versão dele, não tinha outra forma de se defender, correndo o risco de ter a arma retirada e ser morto pela própria arma", afirma a delegada.
O policial se apresentou à polícia e entregou sua arma logo após cometer o crime, alegando legítima defesa no caso. Por ter se entregado espontaneamente e pela versão apresentada, o agente não foi autuado em flagrante.
O policial militar é lotado no 20º Batalhão de Porto Alegre. O comandante da unidade, tenente coronel Ivens Giuliano Campos dos Santos, afirmou que o militar estava de folga.
"Temos uma situação de possível legítima defesa, que ao longo da investigação será apurada, com outras provas e depoimentos, para ver se se confirma", aponta a delegada, que diz ainda que nenhuma hipótese é descartada.
Quatro homens do grupo morreram devido aos disparos. As identidades não foram reveladas.