Jovem que matou amiga a facadas em shopping de Niterói tem prisão preventiva decretada

Jovem que matou colega do mesmo curso técnico a facadas na última quarta-feira (02), no Plaza Shopping, em Niterói, teve prisão preventiva determinada pelo Tribunal de Justiça do Rio. O acusado Matheus dos Santos Silva, de 21 anos, tinha anteriormente a prisão em flagrante pelo crime. Em um trecho do documento é indicado: “A gravidade da conduta é extremamente acentuada, já que o custodiado tirou a vida da própria amiga por quem, segundo informações dos autos, nutria sentimentos não correspondidos”.

 A defesa de Matheus havia solicitado pela liberdade, com o argumento de que corria risco de contrair a Covid-19 dentro da prisão. A juíza Rachel Assad da Cunha que tomou a decisão alegou que “a concessão da liberdade provisória com fundamento exclusivo na pandemia da Covid-19 não possui justificativa razoável, em especial porque as notícias de contaminação da população carcerária são pontuais, já que se trata de população absolutamente isolada”.

Matheus era colega de classe de Vitórya Melissa Mota, de 22 anos, em um curso técnico de enfermagem. De acordo com a polícia, o criminoso comprou a faca – arma do crime – no shopping minutos antes de cometer o crime. Amigos da vítima chegaram a informar aos agentes que o autor do crime nutria sentimentos não correspondidos pela vítima. O caso de feminicídio ocorreu na praça de alimentação, onde a jovem trabalhava em uma cafeteria.

Manifestação - Uma manifestação pacífica foi realizada em frente ao shopping pelos familiares e amigos de Vitórya, nesta segunda-feira (07). Durante a ação, a mãe da jovem, Márcia Mota, pediu justiça e se emocionou com o ato. “Quero justiça em nome de Jesus. Por favor, me ajudem, todos vocês” declarou. Integrantes de movimentos feministas também fizeram parte da manifestação.

O local foi coberto por faixas e cartazes com dizeres que repudiam a violência contra a mulher. “Por Vitórya Melissa! Por todas nós! Parem de nos matar!”, diz um dos cartazes levados a mobilização. A líder do Comitê de Combate ao Feminicídio, Marilha Boldt, revelou que pretende realizar um movimento de conscientização entregando panfletos de apoio à causa e como um foco para o assunto. “Porque se a gente não chamar atenção, mais feminicídios vão acabar ocorrendo”, explicou. As informações são do jornal ‘G1’.