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'CV' 'canta vitória e publica banner comemorativo virtual para celebrar 2 meses de ocupação em SG

Criminosos fizeram festa no Complexo da Alma, regada a 'pagofunk' para celebrar tomada de territórios do 'TCP'

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 04 de maio de 2021 - 18:00
Traficantes do 'CV' celebraram ocupação em SG no último fim de semana
Traficantes do 'CV' celebraram ocupação em SG no último fim de semana -

No último dia 25, completaram-se dois meses de retomada dos Complexos da Alma e do Jóquei, em São Gonçalo,  por parte dos traficantes ligados ao Comando Vermelho. E Por conta da data, na noite do último domingo (2), os criminosos dessa facção teriam organizado uma festa, ao melhor estilo 'pagofunk' para registrar o momento. E como sempre vem ocorrendo, os criminosos usaram as redes sociais, não apenas para postar um 'banner comemorativo' alusivo à celebração, como também para provocar os rivais do Terceiro Comando Puro' (TCP), que foram expulsos de SG e estariam refugiados no Complexo da Maré, na Zona Portuária do Rio. 

A retomada das comunidades que compõem os Complexos da Alma e do Jóquei, entre os bairros Almerinda, do Coelho e do Jóquei, em SG, por parte de traficantes do CV, segundo levantamentos da polícia, se consumou no dia 25 de março passado, após conflitos que começaram no fim de novembro de 2020. Para conseguir vencer o conflito com o TCP, a cúpula do CV montou uma espécie de 'consórcio', liderado por Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, apontado como o 'chefão' do Complexo do Salgueiro, da Trindade e do Jardim Catarina, com apoio de grupos do Anaia, Rio do Ouro, também em sG, e até de outros estados do Nordeste, através do Bonde do Lampião.     

 Dessa vez, o que teria facilitado a conquista do CV foi o 'pulo' coletivo de quatro apoiadores dos traficantes André Luiz dos Santos Affonso, o Pai, seu 'braço-direito, Douglas Vieira da Silva, o Pochete, do TCP em apoio aos rivais. Esses dissidentes, da facção Amigos dos Amigos (ADA), liderados por um traficante identificado como 'LO', teriam recebido ordens de lideranças mais antigas, encarceradas em presídios, para se juntar aos 'vermelhos' e dar apoio à manutenção nas 'bocas-de-fumo' nessas comunidades do Bairro Almerinda, Coelho e Jóquei. 

Dois procedimentos teriam sido determinantes para Pai perder o apoio dos aliados: a ausência nas comunidades de SG por longos períodos e o fato de ter autorizado, em comum acordo com seus parceiros no Complexo da Maré, a cobrança de uma 'taxa' no valor de R$ 50 mensais de moradores, prática comum entre criminosos ligados a milícias, para aumentar os lucros de sua quadrilha e repassar também o faturamento para os criminosos do Rio.  

Mas enquanto o CV comemora, as antigas lideranças do Complexo da Alma estariam tentando apoio e investimentos por parte de Thiago Follªy, o TH, que seria atualmente, a maior liderança do TCP no Estado, com domínio em doze comunidades do Complexo da Maré. Com mandados de prisão em aberto por homicídios e tráfico de drogas, Pai é oriundo daquelas comunidades na capital, onde tem familiares. Seu nome e o de TH constam em inquéritos na 21ªDP (Bonsucesso) e na Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) da Polícia Civil do Rio. 

Pai também é investigado pelo Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), sob acusação de ter ter comandado, juntamente com Pochete, e outros dois homens ligados a eles, a execução, a tiros, de dois militares do Exército, em São Gonçalo. O motivo do crime teria sido um acidente de trânsito, em que o carro onde os traficantes estavam foi atingido. 

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