DH identifica mortos em ‘guerra’ do tráfico e ‘caça’ líder da invasão

Por Daniela Scaffo
Os três mortos na ‘guerra’ entre facções rivais pelo controle do tráfico do Morro do Estado, no centro de Niterói, na manhã da última segunda-feira, foram identificados por agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo.
Wellington dos Santos Carnot, de 25 anos, Moisés Machado Faria, 22, morador de São Gonçalo, e David de Oliveira Cruz, 26, de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, foram encontrados mortos com sinais de tortura na Rua Padre Anchieta. Apenas o último tinha passagem pela polícia por furto.
Em depoimento na DH, Ricardo Alves de Lima Silva, o Ricardinho, de 36 anos, apontado pela polícia como chefe do Morro do Estado, declarou que as vítimas eram integrantes da facção ADA, torturados e executados durante invasão de bandidos do Terceiro Comando Puro (TCP).
O acusado era considerado foragido da Justiça por tráfico e acabou preso por PMs com um fuzil, no alto do morro. Contra ele havia dois mandados de prisão.
Investigações - De acordo com as investigações, criminosos do TCP teriam conseguido retomar o controle do tráfico no Morro do Estado após a prisão de Ricardinho. Pelo menos cinco bandidos participaram das mortes durante o confronto, entre eles Edmílson da Conceição, o Cicatriz, de 30 anos.
“O Cicatriz é uma pessoa violenta e que oprime os moradores da comunidade”, comentou o delegado Fábio Barucke, da DH. Além de envolvimento no triplo homicídio, ele também é acusado de matar um adolescente, de 17 anos, e o irmão dele, o mototaxista Carlos Eduardo Tavares Filho, 27, em julho deste ano, no centro de Niterói.
O portal do Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 1 mil pela captura de Cicatriz.