Operação 'É o que eu mereço' apreende armas, munições e mais de R$40 mil na casa de Belo

Nesta quarta-feira (17), em uma operação chamada “É o que eu mereço”, em referência a uma das músicas do cantor, realizada pela Polícia Civil do Rio, foram apreendidos duas pistolas, munição, dinheiro em espécie e um computador dentro da residência de Belo. Todo o material foi encontrado dentro de um cofre em sua casa na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. De acordo com a investigação, as armas estão registradas em nome do artista – legalizadas – e foram achados cerca de R$40 mil e 3.500 euros (equivalentes a R$22,8 mil) após a revista de todos os imóveis.

Com as evidências recolhidas, Belo foi preso junto com dois produtores de um show que gerou aglomeração neste carnaval, em uma escola municipal, localizada no Complexo da Maré. O chefe do tráfico da comunidade onde teria acontecido o evento teve um mandado de prisão expedido, e segundo os agentes, ele que teria autorizado a realização do show do cantor.

O cantor é investigado, além da realização do show mesmo com as proibições devido a pandemia, pela invasão da unidade educacional onde ocorreu o evento, que não teve a autorização da Secretaria Municipal de Saúde. Belo e os dois produtores irão responder por infração de medida sanitária, crime de epidemia, invasão de prédio público e associação criminosa, já que o show foi organização em razão de um acordo feito com o tráfico de drogas.

Belo prestou depoimento após sair da Cidade da Polícia, dizendo: “Até agora eu não entendi o que eu fiz para estar passando por essa situação. Quero saber qual o crime que eu cometi. Subi no palco e cantei. Se eu não posso cantar para o público, a minha vida acabou”.

A esposa do artista, Gracyanne Barbosa, que o visitou na Cidade da Polícia nesta quarta-feira (17), publicou um texto em suas redes sociais se pronunciando sobre a polêmica envolvendo seu parceiro. “Você saiu para fazer mais um show, para trabalhar para a nossa família! E agora não saberemos que horas você volta. Você subiu na comunidade e cantou, fez um super show. Perpetuou sua mensagem de amor. Amanhecemos com a nossa casa invadida. Prisão e pesadelo. A opressão da realidade de uma periferia, que sempre lutamos contra, hoje atinge a realidade de um artista, em que é proibido sair para trabalhar”, relata Gracyanne.