Pintas e sardas: charme ou preocupação?

Charme entre os anos 40 e 50, durante o auge da modelo e atriz norte-americana Marilyn Monroe, as pintas, hoje, estão entre a condenação e o orgulho. A partir da descoberta da relação das pintas com o câncer de pele, o medo inicial fez com que centenas de homens e mulheres optassem pela remoção. As sardas, que apesar de terem formações diferentes, também foram motivo de receio. Atualmente, o que reina é o equilíbrio.

De acordo com a dermatologista e professora Neide Kalil Gaspar, as pintas existem nas mais variadas formas e cores e só devem ser motivo de preocupação quando sofrem modificações visíveis seja no formato ou no tom.

“Existem muitos tipos de pintas, que chamamos de sinais ou nevos. Elas podem ser pequenas ou grandes, únicas ou numerosas e podem estar presentes desde o nascimento ou aparecer no curso da vida. Pessoas muito claras e com grande número de nevos são as que mais podem ter problemas com alterações ruins neles. Qualquer nevo que se modifique na cor, na forma ou que se ulcere, precisa ser examinado com aparelho específico por um dermatologista”, alerta a especialista.

Já as sardas estão livres do fator relação com melanoma. De acordo com os especialistas, elas são formadas a partir do aumento na quantidade de melanina, tem tendência hereditária e pode ser agravada com exposição à luz solar.

“As sardas são manchas castanhas claras ou escuras que aparecem entre os 6 e os 18 anos de idade e se acentuam com o sol. Geralmente ocorrem em pessoas claras de cabelo loiro ou ruivo. Existem tratamentos com remédios locais para ficarem mais discretas ou com laser”, explica Neide Kalil acrescentando que as sardas que precisam ser tratadas são as ásperas que aparecem desde a infância e podem ocorrer, inclusive, na pele negra.